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Parentes de reféns em Gaza criticam entrada de Israel em Rafah

Em Israel, parentes dos reféns do Hamas aprisionados na Faixa de Gaza criticaram a decisão do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de dar início às operações militares em Rafah.


Foto: Poder360

Em Israel, parentes dos reféns do Hamas aprisionados na Faixa de Gaza criticaram a decisão do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de dar início às operações militares em Rafah. A cidade fica no extremo sul de Gaza e é a única que ainda não tinha registrado combates.

Na 2ª feira (6.mai.2024), teve fim uma rodada de negociações que visava um cessar-fogo. Os termos em negociação não foram todos divulgados oficialmente. Fontes do governo israelense dizem que era esperada a libertação de 40 reféns ao longo de 40 dias.

É uma solução ruim. Vá ver o que aconteceu em Khan Yunis. Eles [governo] disseram o mesmo que estão dizendo agora em Rafah. ‘Khan Yunis é o lugar que, se destruirmos, tudo ficará quieto. Mataremos [Yahya] Sinwar [líder do Hamas]‘'. Bom. Soldados morreram, foram feridos e nada“, disse Gilad Korngold, pai de Tal Shoham, refém há mais de 6 meses. Ele foi capturado no Kibbutz Be’eri, no sul de Israel, um dos mais atingidos pelo grupo.

Em 7 de outubro, o Hamas, grupo extremista da Faixa de Gaza, invadiu Israel, matou 1.200 pessoas e fez 234 reféns. Desses, 105 foram libertados em novembro, quando um acordo de cessar-fogo foi anunciado.

Não há clareza sobre o número de reféns vivos. Em Israel, estima-se que sejam cerca de 40. Dentre eles, há desde um bebê de 1 ano, Kfir Bibas, até um idoso de 86, Shlomo Mansour.

Os familiares das vítimas se organizaram a partir de 8 de outubro em uma ONG, chamada “Bring Them Home Now (Traga-os para Casa Agora)“. A sede fica em Tel Aviv, região central de Israel.

A partir de então, o grupo age por conta própria para tentar resgatar os reféns, tentando influenciar tanto o governo quanto agentes de outros países para avançar na negociação.

No centro de Tel Aviv fica a praça do Museu de Arte de Tel Aviv, hoje chamada de Praça dos Reféns. Por lá, há exposições de arte, venda de material relacionado às campanhas pela libertação dos reféns, shows gratuitos e manifestações.

Uma dessas manifestações começou no domingo (5.mai). O aposentado Eli Sahar, 78, que teve parentes assassinados pelo Hamas, deu início a uma greve de fome. Disse que o intuito é pressionar o governo a sentar-se à mesa para negociar um cessar-fogo e libertar os reféns.

Nós sentimos que o governo não está fazendo tudo o que deveria para libertar os reféns. Achamos que a pressão do público forçará a fazer mais. Todos pensamos que os reféns deveriam ser liberados, não importa o quê, em qual condição, queremos eles de volta“, disse.

Não muito distante fica o artista Sefy Sandik. Ele montou uma exposição ao ar livre de bonecas e bichos de pelúcia com as mãos amarradas. No centro, 2 caixões de bebês. Representam as crianças que foram mortas e sequestradas pelo Hamas.

Eu sou contra o governo de Israel hoje. E minha demonstração é contra esse governo. Um governo que causa problemas não apenas a Israel, mas a todas as comunidades judaicas no mundo. Sou 100% contra a entrada em Rafah. Temos que matar o Hamas, mas não ao preço de fazer com eles coisas semelhantes ao que fizeram. Temos uma moral, eles, não“, disse.

Guerra

Na 2ª feira (6.mai) o gabinete de guerra de Israel anunciou a entrada em Rafah. Era a 3ª maior cidade da região antes da guerra e a única, dentre as maiores, que não tinha registrado conflitos até o momento.

O governo de Israel deu poucos detalhes oficialmente sobre a operação. Nos bastidores, a principal justificativa é a hesitação do Hamas em aceitar devolver reféns. O objetivo da operação é aumentar a pressão sobre o grupo radical.

Durante a noite, as tropas terrestres das Forças Armadas iniciaram uma operação precisa de contraterrorismo baseada na inteligência para eliminar os terroristas do Hamas e desmantelar sua infraestrutura nefasta em áreas específicas do leste de Rafah“, disse trecho da nota divulgada pelo governo.

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