As operações de resgate em Porto Alegre, interrompidas devido às intensas chuvas e ventos que atingiram a capital gaúcha nesta quarta-feira (8/5), foram retomadas após a suspensão temporária. As fortes tempestades colocaram em risco o trabalho de bombeiros, policiais e voluntários que atuam na região alagada pelas águas do Guaíba.
A volta das chuvas nesta quarta-feira (8) desperta alerta em áreas já afetadas por enchentes e deslizamentos no Rio Grande do Sul. A Defesa Civil emitiu um aviso de chuva forte e ventos acima dos 90 km/h para grande parte do estado, devido à chegada de uma nova frente fria, que também ocasionou uma queda nas temperaturas.
Durante a tarde, o tempo virou em Porto Alegre, levando a prefeitura a recomendar a suspensão do tráfego de barcos que realizam resgates nas áreas alagadas pela cheia do Guaíba. As rajadas de vento geraram ondas, colocando as equipes de resgate em situação de risco.
De acordo com os últimos dados da Defesa Civil divulgados na noite de quarta-feira (8), 100 óbitos foram confirmados e 130 pessoas permanecem desaparecidas em todo o Rio Grande do Sul, com um total de 374 feridos.
Apesar da redução de 25 centímetros no nível da água desde o pico atingido no domingo (5), ela ainda permanece acima de 5 metros, muito além do patamar de inundação, estipulado em 3 metros. Cidades da Região Metropolitana, como São Leopoldo e Canoas, continuam sob as águas. O aeroporto de Porto Alegre permanece inundado e fechado por tempo indeterminado, levando a Força Aérea a anunciar a transferência de alguns voos comerciais para a Base Aérea de Canoas.
GAZETA BRASIL