Número de mortos no Rio Grande do Sul sobe para 13 após fortes chuvas

O estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma situação desafiadora devido às fortes chuvas que começaram a afetar a região desde segunda-feira (29/4). De acordo com informações divulgadas pela defesa civil em seu boletim desta quinta-feira (2/5), os impactos incluem 13 fatalidades, 5,2 mil desalojados, 21 desaparecidos e 12 feridos em 134 municípios afetados.

Candelária é o município mais afetado, com 8 desaparecidos, seguido por Encantado (6) e Roca Sales (4).

Santa Maria

Uma jovem de 17 anos foi encontrada morta após um deslizamento de terra atingir sua residência em Santa Maria (RS) na quarta-feira (1º/5). Ela é uma das 13 vítimas das chuvas na região. A mãe da adolescente, também desaparecida, ainda não foi localizada. O município tem três pessoas desaparecidas.

Segundo a Polícia Civil, a jovem, sua mãe, pai e irmão estavam dentro de casa quando foram atingidos por uma pedra deslocada de um morro no bairro Itararé durante o temporal. O pai e o irmão foram resgatados e levados para atendimento médico. As buscas pela mãe foram interrompidas devido às condições climáticas, mas serão retomadas.

A precipitação em Santa Maria alcançou 436,2 milímetros em três dias, três vezes mais do que o esperado para o mês, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Estado de calamidade

O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em edição extra do Diário Oficial do Estado na quarta-feira (1ª/5). O governador Eduardo Leite (PSDB) declarou que as chuvas representam o “maior desastre” já enfrentado pelo estado.

Leite afirmou que a situação pode ser pior do que a registrada em setembro do ano anterior em termos de áreas afetadas. Ele destacou a importância da atuação do governo federal e confirmou a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à região.

Lula viajará para o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (2/5), conforme confirmado pelo governador, que ressaltou a importância da presença do presidente para compreender a magnitude da crise e garantir a participação efetiva das Forças Armadas no apoio às operações de socorro.