Guarda Revolucionária Iraniana Ameaça Israel: "Ataque pode se repetir", diz comandante

O comandante-chefe da Guarda Revolucionária iraniana, o general de divisão Hossein Salami, declarou nesta quarta-feira que o ataque do dia 13 de abril por parte de seu país com centenas de mísseis e drones contra Israel “pode se repetir e é nossa equação”.

Foto: Gazeta Brasil

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O comandante-chefe da Guarda Revolucionária iraniana, o general de divisão Hossein Salami, declarou nesta quarta-feira que o ataque do dia 13 de abril por parte de seu país com centenas de mísseis e drones contra Israel “pode se repetir e é nossa equação”. Ele fez o pronunciamento durante um discurso na sede do comando, conforme relatou a agência Tasnim.

Assim, o principal líder do corpo militar de elite fez referência ao ataque com centenas de mísseis e drones lançados em 13 de abril contra o território israelense, em resposta à ação atribuída a Israel em 1º de abril contra o consulado iraniano na Síria, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo três generais.

Salami descreveu novamente o ataque de seu país como “uma ação limitada”, realizada com “uma parte muito pequena de seu grande poderio”.

No entanto, o general afirmou que França, Reino Unido, Jordânia, Estados Unidos e Israel, entre outros, agiram “com todo o seu poder” para repelir a ofensiva do Irã.

Segundo Israel, 99% dos mais de 300 mísseis e drones iranianos foram interceptados.

No entanto, Salami garantiu que se o Irã tivesse lançado uma segunda onda de ataques, “a eficácia deste sistema de defesa integrado diminuiria pelo menos em 50%”.

A República Islâmica do Irã e Israel são inimigos mortais, representando uma ameaça existencial mútua e competindo pela hegemonia regional.

Teerã é um dos principais aliados do movimento islamista palestino Hamas e lidera o chamado “Eixo da Resistência” contra Israel, composto pelo grupo xiita libanês Hezbollah e pelos rebeldes houthis do Iêmen, entre outros.

Antony Blinken pediu a Netanyahu que não ataque o sul de Gaza

O secretário de Estado Antony Blinken reiterou a oposição dos Estados Unidos a uma ofensiva israelense na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde centenas de milhares de palestinos se abrigaram, em uma reunião na quarta-feira com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, informou um funcionário norte-americano.

Blinken, que expressou seu temor pela segurança dos civis palestinos refugiados na cidade do sul de Gaza dois dias atrás, “reiterou a clara posição dos Estados Unidos sobre Rafah”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

O chefe da diplomacia norte-americana está em sua sétima visita à região desde o início da guerra em outubro, tentando obter um acordo esquivo entre Israel e o Hamas.

Blinken e Netanyahu realizaram uma reunião privada no escritório do primeiro-ministro em Jerusalém antes de participar de um encontro com representantes dos governos de ambos os países, incluindo embaixadores e ministros israelenses.

Segundo o veículo israelense Walla, Netanyahu assegurou a Blinken que não aceitará um acordo que inclua o fim da guerra em Gaza, que já causou a morte de mais de 34.500 palestinos.

(Com informações da EFE e AP)