Lula sobre invasão equatoriana à embaixada mexicana: "Inaceitável e sem precedentes"

A invasão da embaixada mexicana em Quito por forças policiais equatorianas resultou no rompimento das relações diplomáticas entre Equador e México.

Foto: gazetabrasil.com.br

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A invasão da embaixada mexicana em Quito por forças policiais equatorianas resultou no rompimento das relações diplomáticas entre Equador e México. O episódio, ocorrido recentemente, visava a prisão do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava sob asilo político concedido pelo México.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou veementemente a ação, classificando-a como “inaceitável”. Ele exigiu um pedido formal de desculpas do Equador e elogiou a proposta da Bolívia de formar uma comissão para acompanhar a situação de Glas.

“A medida tomada pelo Equador não tem precedentes na história da América Latina e do Caribe. Nem mesmo nos períodos mais sombrios das ditaduras militares. O que aconteceu em Quito é absolutamente inaceitável e afeta não apenas o México, mas toda a região”, enfatizou Lula.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciou o rompimento das relações diplomáticas com o Equador em resposta à invasão da embaixada mexicana. A ação foi liderada pelo presidente equatoriano, Daniel Noboa, e resultou na detenção de Jorge Glas, que estava no local desde dezembro sob asilo político concedido pelo governo mexicano.

A situação entre os dois países já vinha tensa, com a expulsão da embaixadora mexicana em Quito e a recusa do Equador em conceder salvo-conduto a Glas, que enfrenta acusações de peculato. Embora o governo equatoriano tenha alegado que as normas internacionais não justificam o asilo político em casos de crimes comuns, a decisão de López Obrador de conceder proteção a Glas gerou atrito diplomático.