Após ataques do Irã, Argentina reforça apoio a Israel

A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, voltou a afirmar nesta 2ª feira (15.

Foto: Poder360

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A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, voltou a afirmar nesta 2ª feira (15.abr.2024) que o governo do presidente Javier Milei apoia Israel e que neutralidade não é o posicionamento argentino. Deu a declaração depois de o Irã realizar ataques a mísseis contra o território israelense no sábado (13.abr.2024).

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina já havia condenado a ofensiva iraniana e apoiado o “legítimo direito” de Israel se defender dos ataques.

Em entrevista ao La Nación, Bullrich declarou que o país estará ao lado, fazendo bem ou mal, dos Estados que “pertencem às democracias ocidentais que compartilham valores com a Argentina”, e completou afirmando que “o mesmo foi feito com a Ucrânia”.

A ministra da Segurança também falou sobre a reunião de domingo (14.abr) na Casa Rosada. “Milei afirmou que estamos com Israel, com a Europa e o mundo ocidental por convicção porque acreditamos na filosofia da democracia, dos direitos humanos e dos países livres”, disse.

Durante a entrevista, a ministra não negou a possibilidade de um novo ataque na Argentina. Em 1992 e em 1994, o país foi alvo de ataques que, segundo a Câmara Federal de Cassação do país, teve atuação iraniana. No total, 114 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

IRÃ X ISRAEL

O ataque iraniano de 13 de abril de 2024 era esperado. O país havia prometido retaliar os israelenses pelo bombardeio que matou 8 pessoas na embaixada do Irã em Damasco (Síria), em 1º de abril, incluindo um general da Guarda Revolucionária. Os países culparam Israel, apesar de o país não ter assumido a responsabilidade, embora na comunidade internacional se dê como certo que a ordem teria vindo de Tel Aviv.

Segundo as FDI (Forças de Defesa de Israel), cerca de 300 drones e mísseis foram lançados pelo Irã. Israel afirma que caças do país e de aliados, como EUA e Reino Unido, e o sistema de defesa Domo de Ferro interceptaram 99% dos alvos aéreos.

A seguir, leia mais sobre o ataque e seus reflexos:

  • o que disse Israel – que responderá na hora certa;
  • o que disse o Irã – que agiu em legítima defesa;
  • reações pelo mundo – o G7, grupo com 7 das maiores economias do planeta, condenou o ataque "sem precedentes" e reforçou seu compromisso com a segurança de Israel;
  • reação do Brasil – o Itamaraty disse acompanhar a situação com "preocupação" e não condenou a ação iraniana; depois, o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) afirmou que o governo Lula condena qualquer ato de violência ao ser indagado por jornalistas;
  • Brasil decepcionou – o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse ao Poder360 que ficou desapontado com a nota brasileira;
  • Brasil acertou – já para o ex-ministro e diplomata de carreira Rubens Ricupero, o Itamaraty acertou no tom. Falou ao Poder360 que não há motivos para o país "tomar uma posição de um lado ou de outro";
  • impacto no petróleo – uma possível guerra entre Irã e Israel deve fazer o preço da commodity subir e pressionar a Petrobras a aumentar combustíveis;
  • vídeos – veja imagens do ataque do Irã.