Fitch rebaixa dívida soberana da China para perspectiva negativa

A agência de classificação Fitch rebaixou para negativa a perspectiva para a economia chinesa nesta 4ª feira (10.

Foto: ISTOÉ Independente

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A agência de classificação Fitch rebaixou para negativa a perspectiva para a economia chinesa nesta 4ª feira (10.abr.2024). A medida foi adotada frente aos "riscos crescentes" para as finanças públicas do país asiático, que passa por uma transição de seu modelo de crescimento.

Em comunicado, a Fitch informou que a nota da classificação de crédito da China permanecerá "A+", atribuída quando a agência analisa baixo risco de descumprimento das obrigações financeiras. Leia a íntegra do comunicado, em inglês (PDF – 297 KB).

"A revisão da perspectiva reflete os riscos crescentes nas previsões das finanças públicas chinesas, no momento em que o país enfrenta perspectivas econômicas mais incertas", justificou a agência. "Os amplos deficits fiscais e o aumento da dívida pública nos últimos anos corroeram as reservas fiscais do ponto de vista da classificação."

Também segundo a Fitch, "é cada vez mais provável que a política fiscal desempenhe um papel importante no apoio ao crescimento nos próximos anos, o que poderá manter a dívida em uma tendência de alta constante".

Sobre a manutenção da nota de classificação de crédito, a Fitch disse que a economia do país segue "grande e diversificada", com "perspectivas ainda sólidas de crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] em relação a seus pares". Também destacou que a China tem um "papel integral no comércio mundial de bens, finanças externas robustas e status de moeda de reserva do yuan".

Porta-vozes do Ministério das Finanças chinês concederam entrevista a jornalistas na sequência do anúncio. Eles se disseram "decepcionados" com a decisão da Fitch de rebaixar a perspectiva para a economia do país.

"A partir dos resultados, é possível observar que o sistema de indicadores da metodologia de classificação de crédito soberano da Fitch falhou em refletir de forma eficaz e proativa" os esforços da política fiscal adotada por Pequim para promover o crescimento econômico, disse um representante do ministério.


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