TO: Mãe e filha são presas por golpes envolvendo "Minha Casa, Minha Vida"

A Polícia Civil do Tocantins prendeu, nesta terça-feira (15), duas mulheres suspeitas de comandar um esquema de estelionato envolvendo o programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida", em várias cidades do estado.

Empresários são investigados por esquema de clonagem de cartões em Natal'

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A Polícia Civil do Tocantins prendeu, nesta terça-feira (15), duas mulheres suspeitas de comandar um esquema de estelionato envolvendo o programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida", em várias cidades do estado.

A dupla foi identificada como mãe e filha, de 46 e 28 anos, respectivamente. Segundo a investigação, elas atuavam com a promessa de imóveis públicos que seriam liberados mediante pagamento antecipado. A jovem era líder do grupo e a mãe atuava na captação das vítimas e na intermediação dos pagamentos.

As prisões ocorreram durante a Operação Hemera, que faz referência à deusa da luz do dia na mitologia grega. O caso foi conduzido pela 72ª Delegacia de Polícia de Luzimangues, distrito de Porto Nacional.

Segundo a Polícia, para dar credibilidade ao esquema, a filha se apresentava como servidora pública e utilizava documentos e imagens falsos. Em alguns casos, as vítimas eram levadas até áreas que supostamente receberiam os imóveis, o que ajudava a convencer sobre a veracidade do falso negócio.

Além das falsas promessas de habitação, as criminosas também diziam ter influência no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ofereciam lotes de terras públicas mediante pagamento. Após receber os valores, o grupo desaparecia sem cumprir o prometido.

O caso foi descoberto após o registro de mais de 40 boletins de ocorrência relacionados ao esquema, todos envolvendo crimes de estelionato e delitos patrimoniais.

Apenas na 72ª Delegacia de Polícia, oito inquéritos estão em andamento contra as duas e outros possíveis integrantes da quadrilha.

"A atuação do grupo era estruturada e recorrente", afirmou o delegado responsável pelo caso, Diogo Fonseca da Silveira. "A mentora usava a aparência de legalidade para enganar as vítimas, com apoio da mãe nas abordagens e transações financeiras."

Durante a operação, foram apreendidos celulares, documentos e outros materiais que podem ajudar a identificar novas vítimas e cúmplices. As investigações seguem em curso.

As duas suspeitas foram encaminhadas à Unidade Prisional Feminina de Palmas, onde permanecem à disposição da Justiça.

A CNN solicitou nota ao Ministério das Cidades, responsável pelo programa social de habitação, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.