PGR se opõe à divulgação da lista de supostos espionados pela "Abin paralela"

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra o pedido do grupo de advogados Prerrogativas para tornar pública a lista de pessoas supostamente espionadas de maneira ilegal pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no episódio conhecido como “Abin paralela”.

PGR se opõe à divulgação da lista de supostos espionados pela

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra o pedido do grupo de advogados Prerrogativas para tornar pública a lista de pessoas supostamente espionadas de maneira ilegal pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no episódio conhecido como “Abin paralela”. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (23) pela assessoria da PGR.

Segundo a PGR, as investigações sobre o caso ainda estão em andamento e tramitam em caráter sigiloso. A divulgação da lista neste momento, argumenta a PGR, pode comprometer o resultado da apuração.

A PGR também destaca que o arrolamento dos eventuais alvos monitorados irregularmente pela Abin ainda não foi concluído. Por isso, mesmo que a questão do sigilo fosse superada, ainda não seria possível fornecer as informações pleiteadas.

As investigações da Polícia Federal (PF) apontam para um suposto uso indevido de uma ferramenta da Abin para monitorar autoridades brasileiras, incluindo os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

As investigações da PF apontam para um possível uso impróprio de uma ferramenta da Abin para monitorar autoridades brasileiras, incluindo os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Durante a operação para investigar o caso, a PF realizou buscas em endereços relacionados ao deputado federal e ex-diretor-geral da agência, Alexandre Ramagem (PL-RJ), e ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A apuração da PF revelou que os investigados estabeleceram uma estrutura paralela dentro da Abin. “[O grupo] utilizou recursos e serviços da agência de inteligência do Estado para atividades ilícitas, produzindo informações com finalidades políticas e midiáticas, visando benefícios pessoais e até mesmo interferindo em investigações da Polícia Federal.”