Mãe de grávida assassinada pede Justiça na Câmara: "Sacrifício vivo"

A mãe da jovem grávida assassinada em Cuiabá, Ana Paula Peixoto de Azevedo, cobrou justiça das autoridades em discurso realizado na tribuna da Câmara de Cuiabá na manhã desta terça-feira (18/03). A filha de Ana Paula, Emelly Beatriz Sena, de 16 anos, foi brutalmente assassinada no dia 12 deste mês, no bairro Jardim Florianópolis, e teve o filho retirado do ventre.

Ana Paula contou no plenário da Câmara que tinha expectativas de ser um apoio para a filha após a gravidez e que a menor estava preparando o enxoval da bebê.

“Eu queria muito pedir Justiça pelo que fizeram com a minha filha, que o Estado ajudasse a gente a encontrar os culpados da crueldade que fizeram com ela e que a Justiça seja feita porque o que fizeram com a minha filha não fizeram nem com animal”, declarou a mãe da jovem.

O pedido de Justiça de Ana Paula Azevedo veio acompanhado de uma solicitação da vereadora Maysa Leão (Republicanos), que solicitou ao Ministério Público de Mato Grosso a tipificação do caso como feminicídio.

“A prioridade número um deveria ser de que pessoas que cometeram atos como esse nunca mais voltassem a conviver em sociedade”, declarou Maysa ao se referir à assassina da adolescente. Nataly Helen Pereira confessou o crime em depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ela alegou que cometeu o crime sozinha.

Para Ana Paula e demais vereadores presentes na sessão, a morte não foi provocada por apenas uma pessoas, mas sim por comparsas que estariam envolvidos no crime. A mãe da vítima pediu ajuda dos vereadores para que os outros suspeitos sejam presos.

“Eu gostaria muito que todos vocês que estão aqui me ajudassem a pegar os culpados”, comentou Ana Paula. “Minha filha foi um sacrifício vivo na mão desse povo. Eu peço Justiça por Emelly e que os culpados paguem por tudo que fizeram”, concluiu a mãe da vítima.