Ainda Estou Aqui concorre hoje a três estatuetas do Oscar 2025
O filme brasileiro Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, concorre a três premiações no Oscar.
O filme brasileiro Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, concorre a três premiações no Oscar. O filme foi indicado às categorias de Melhor Filme; Melhor Filme Estrangeiro; e a atriz Fernanda Torres foi indicada à categoria de Melhor Atriz. A cerimônia de divulgação dos vencedores do Oscar 2025 será na noite deste domingo, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A Rede Globo irá transmitir ao vivo a premiação, a partir das 20h55 (horário de Mato Grosso).
“Ainda Estou Aqui é um filme sobre a memória de uma família, durante a longa noite da ditadura militar no Brasil, que está entrelaçada com a memória do meu país. Gostaria de dedicar esse prêmio ao cinema brasileiro, a Eunice Paiva e toda a sua família, a Fernanda Montenegro e a Fernanda Torres", disse o diretor Walter Salles ao vencer o prêmio Goya 2025, na categoria de melhor filme ibero-americano, em fevereiro. Este foi um dos quase 40 prêmios conquistados pelo filme até o momento.
Prêmio e indicações
Em janeiro, a atriz Fernanda Torres já havia sido premiada com o Globo de Ouro, em Los Angeles, de melhor atriz na categoria Drama pela atuação em Ainda Estou aqui. Esta foi a primeira vez que a premiação foi entregue a uma brasileira.
Filme
O drama brasileiro Ainda Estou Aqui é baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que conta a história de sua mãe, a advogada e ativista pelos direitos humanos Eunice Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. O papel de Eunice Paiva, falecida em 2018, foi interpretado por Fernanda Torres.
O enredo aborda a luta pela democracia, a resistência à opressão, a força da mulher, a busca por desaparecidos políticos e a importância da memória, a partir do desaparecimento, em 1971, do ex-deputado federal Rubens Paiva (com atuação de Selton Mello), marido de Eunice Paiva. O político brasileiro, que teve seus direitos políticos cassados em 1964, com o golpe militar, foi torturado e assassinado, no Rio de Janeiro. Seu corpo nunca foi encontrado.
Em 1996, foi emitido o atestado de óbito de Rubens Paiva. Em 2025, a certidão de óbito foi corrigida para constar que sua morte foi causada por agentes do Estado durante a ditadura militar.
O PNB Online publicou ao longo da semana uma série de reportagens sobre cinema, política e ditadura. Confira abaixo:
Profissionais do cinema de MT analisam as qualidades estéticas e artísticas de Ainda Estou Aqui
Vídeo: Antero defende a necessidade de fortalecer a democracia
Documentos sigilosos apontam que ditadura monitorou políticos e jornalistas em MT
'Ainda Estou Aqui': o cinema como campo de batalha política nas redes sociais