Professor e jornalista que faz parte da história da Comunicação de Mato Grosso

A matéria que se segue é uma surpresa (sim, temos festas surpresas e também, porque não, matérias surpresas para aniversariantes que amamos) para o professor e jornalista Tinho Costa Marques, merecedor de todas as homenagens neste seu aniversário.

Professor e jornalista que faz parte da história da Comunicação de Mato Grosso

A matéria que se segue é uma surpresa (sim, temos festas surpresas e também, porque não, matérias surpresas para aniversariantes que amamos) para o professor e jornalista Tinho Costa Marques, merecedor de todas as homenagens neste seu aniversário.

Ao longo do texto, o leitor do PNB Online vai conferir belos relatos de amizade, amor, carinho e admiração pelo profissional e pela figura humana do nosso Tinho.

Duas passagens marcantes: a primeira, o esforço feito por mim e pela jornalista Sônia Maria Zaramella para que o Tinho prestasse concurso para professor de Jornalismo da UFMT. Tímido até a sola do pé, ele não se via como professor diante de uma turma de alunos. Jornalista até a alma, ele não queria abrir mão da paixão pelo Jornalismo, trocando-o pela Academia. Tinho virou professor, e um dos melhores da sua geração, para felicidade de vários alunos que ao longo dos anos foram formados pela UFMT e passaram pelas suas aulas dedicadas e inteligentes.

A segunda passagem é da pessoa bem-humorada, simples e de alma generosa. Na primeira vez em Paris, na chegada, Tinho soltou um comentário hilariante, próprio de quem nunca perdeu a piada. Olhou e disse para a turma que estava junto na viagem: "É Poconé, desta vez você perdeu", admitindo que a cidade das Luzes tinha charme e beleza, superando sua amada cidade pantaneira.

Tinho, leitores e amigos, a partir daqui, em um "frila filial", quem toca o texto é a jornalista Laís Costa Marques.

De Poconé para as manchetes

Era 1º de março 1958, na pacata Poconé (a 102 km de Cuiabá), quando o caçula de Dona Julita e Seo Zelito chegou ao mundo, cheio de mimos, como a maioria dos caçulas costuma ser. Nasceu com o nome de primogênito, José da Costa Marques Filho, mas que logo lhe rendeu inúmeros apelidos, Zelitinho, Zé Litinho, Baixote… Tinho Costa Marques, como ficou conhecido, foi escolhido pela mãe, pouco antes dele assinar suas primeiras reportagens.

Peço licença para, antes da homenagem ao aniversariante do dia, destacar a participação mais que especial de sua esposa Layde Emília em grande parte das histórias que vamos ler. Mulher aguerrida e batalhadora, foi o pilar e a mola que ajudaram Tinho chegar onde chegou. Foi ela quem fez a pasta com as reportagens que depois serviu de inspiração ao Rodrigo Vargas. Também foi Dona Layde que bateu o pé, junto a Sônia Zaramella e Pedro Pinto, para que ele fizesse o concurso para professor. Mais tarde, ela sentou e digitalizou todo material de pesquisa para que ele pudesse concluir o mestrado. Uma verdadeira companheira, como todos e todas deveriam ter o prazer de ter.

Mas antes de conquistar o coração da jovem Layde, lá em 1983, Zelitinho conquistou as melhores notas no Colégio Madre Bertrand, ainda em Poconé. Marcelo Costa Marques relembra com carinho a infância do irmão CDF e bom de bola. "Irmão maravilhoso, amigo de todas as horas. Um sábio, estudioso, nunca gostou que nossa mãe o ajudasse nas tarefas. Certo ou errado, era ele quem queria fazer. Na escola, disputava o primeiro lugar com os colegas Tuca Procópio (in memorian) e Maria Nazaré. E ainda brigava comigo quando eu pedia cola".

Tinho em uma exposição agropecuária na cidade de Poconé

Quando foi fazer o Ensino Médio, Tinho se mudou para Belo Horizonte, onde também cursou a faculdade de jornalismo. A capital mineira, conhecida pela hospitalidade, lhe rendeu amigos para uma vida toda. De tempos em tempos eles se encontram, agora, para falar sobre os filhos encaminhados, sobre os netos e, claro, sobre política.

Mas voltando no tempo, na época da faculdade, a família de Tinho perdeu a fazenda e todas as economias e tiveram que mudar de Poconé para Cuiabá. Tempos difíceis e o sustento em outra cidade passou a depender da ajuda de tios queridos e de seu trabalho. Na época, Tinho foi trabalhar em uma casa de linhas em Belo Horizonte, enquanto sua mãe e sua irmã Mariinha faziam marmitas para complementar a renda da família.

E foi ali, entre os clientes da marmitaria, que surgiu o primeiro contato profissional em solo cuiabano. Antero Paes de Barros era cliente de Dona Julita, que não se acanhou em pedir um emprego para o filho que estava prestes a retornar para Cuiabá. Dali em diante, Antero e Tinho se tornaram amigos e o jovem jornalista passou pelos principais jornais do estado. Foi correspondente de grandes veículos nacionais, assessorou políticos e instituições, virou professor universitário e ajudou na formação de uma legião de alunos e fãs.

Há pouco tempo, Tinho se reaproximou de suas raízes pantaneiras e da religiosidade. A conexão com o Divino Espírito Santo lhe deu a oportunidade de ver os amados netos crescerem.

Dono de uma preocupação genuína, não passa um dia sequer sem perguntar sobre os filhos e os netos, não necessariamente nesta ordem. Mantém um cuidado especial com os irmãos Marcelo e Mariinha, e nutri lindas amizades, como pode ser visto nos relatos abaixo.

Tinho vive ao lado de sua companheira Layde Emília na mesma casa há 40 anos, rodeado de estimados vizinhos-amigos, tomando seu guaraná ralado pelas manhãs e assistindo futebol nos finais de semana. É ali, na frente da tela, que demonstra o seu lado mais agressivo, se permitindo xingar e esbravejar a raiva do time e, quem sabe, das agruras da vida.

Companheiro de uma vida

Por Layde Costa Marques

Há 42 anos eu e Tinho nos reencontramos após a nossa infância e adolescência vividas em Poconé. E acho até que da minha parte foi amor à primeira vista. Dois anos de namoro e resolvemos compartilhar nossas vidas e construir uma família que foi abençoada com dois filhos, Laís e Heleno, que são muito mais do que pedimos a Deus.

Estar casada com um jornalista na década de 80 não era fácil, pois Tinho trabalhava quase de domingo a domingo, sem falar que chegava altas horas da noite, uma vez que a tecnologia ainda não tinha chegado aos jornais. E eu então ficava sozinha com as crianças após um dia todo de trabalho. Mas são fases que passamos na vida e que, quando assustamos, as crianças cresceram e agora estamos nós dois aqui, vivendo as nossas vidas. Aliás, eu sempre falo para ele “tudo termina como começa”, começamos a vida só nós dois, e terminaremos também só nós dois, nessa casa que agora ficou imensa.

Bem, vamos falar do jornalista Tinho, que sempre me encheu de orgulho por sua conduta profissional. Lembro como se fosse hoje da minha insistência para que fizesse o concurso da UFMT. Ele me falava: “eu nunca dei aula”. E eu retrucava: “você aprende e se não gostar você pede demissão”. Aí ele se convenceu, fez a prova e foi aprovado. Gostou tanto de dar aulas que ficou na UFMT até aposentar.

Enfim, penso que não podia ter escolhido melhor companheiro de vida, ele é meu parceiro, meu cúmplice e o amor da minha vida.

Uma referência

Por Heleno Costa Marques

Falar sobre o meu pai deve começar com a expressão referência. Antes do profissional, foi um pai presente, acessível, preocupado e ao mesmo tempo gentil e prestativo. Por outro lado, algo que marcou minha infância foi ouvir recorrentemente de todos aqueles que com ele se relacionava uma palavra elogiosa, especialmente no aspecto profissional. De alunos, colegas jornalistas, políticos ou detentores de veículos de imprensa, sempre ouvi um tom de admiração ao Tinho, como alguém ético, profissional, competente e amigo.

Tinho, gente do bem

Por Sônia Zaramella

Em 1982, antes de voltar de Brasília de vez para Cuiabá, já como repórter da ex-Empresa Brasileira de Notícias (EBN) em Mato Grosso, passei uma semana na redação da agência, na capital federal, me capacitando sobre os processos de produção dos despachos noticiosos.

A diretoria queria que as sucursais da EBN, nos seus respectivos estados, produzissem informações regionais, mas com perspectiva nacional. No nosso caso, que noticiava Mato Grosso com um viés que interessava todo o país.

Assim, naquela semana na EBN, todas as notícias de Cuiabá passaram pelas minhas mãos para eu conhecer o assunto, o tamanho do texto, a hora que chegava para edição pela agência, além da redação em si.

Todas elas eram assinadas por (josehdacostamarquesfilho) – assim mesmo, entre parênteses, tudo junto, em minúsculo, e com o h sinalizando o acento de José, pois os textos chegavam à EBN via telex. E esse serviço não dispunha de todos os caracteres da língua portuguesa, como os acentos das palavras.

Desse modo, a forma como o amigo e colega Tinho foi apresentado a mim, há quatro décadas, foi pelo nome joseh e pelas notícias que transmitia daqui da nossa capital para a sede da EBN, no Distrito Federal.

Encontro de amigos durante uma pauta no Aeroporto Marechal Rondon. Da esquerda para a direita: Tinho Costa Marques, Ailton Segura, Sônia Zaramella e Pedro Pinto de Oliveira.

Presencialmente só fui conhecê-lo no escritório da Sucursal de Mato Grosso, em Cuiabá, no edifício Marzagão, da 13 de junho, uma semana depois do acompanhamento dos seus textos em Brasília.

Desse tempo pra cá não nos apartamos mais – além da EBN, trabalhamos juntos no Diário de Cuiabá, no semanário Fim de Semana, e como correspondentes de jornais de circulação nacional (O Globo, Jornal do Brasil, Correio Braziliense), às vezes um cobrindo as férias do outro nesses veículos impressos.

Nossa última função conjunta se deu na Academia – foi um sufoco levar Tinho para a UFMT, ele resistiu, mas acabou gostando da ideia e prestou concurso para professor de Jornalismo. A Universidade não podia ficar sem o talento e o conhecimento do meu amigo e profissional Tinho.

Penso que há uma admiração mútua entre nós dois. Acho-o um ótimo jornalista – desde aqueles primeiros textos que li dele percebi sua vocação de repórter – e creio que minha imagem profissional para ele não é desfavorável, né não JoseliTinho?

Junto com essa trajetória profissional compartilhamos nossas vidas pessoais. Conheci Tinho solteiro e vi, no passado, seu casamento com Layde e a chegada dos filhos Laís e Heleno. No presente, vejo o casal rodeado de netos.

E ele viu meus filhos Bianca e Bruno crescerem e teve infindáveis bate-papos com meu marido José, que tinha raízes em Poconé (leia-se Pantanal) tanto quanto tem Tinho.

Sim, na vida, escolha ter pessoas do bem por perto. Por isso eu nunca perdi de vista Tinho e sua família.

Serenidade para gerir crises

Por José Antônio Borges

Meu contato inicial com José da Costa Marques Filho foi profissional quando por indicação da estimada amiga Sônia Zaramella ele foi atuar como meu Assessor de Imprensa no gabinete do Procurador-Geral de Justiça no Ministério Público Estadual, em fevereiro de 2019.

Primeira constatação foi do respeito profissional que os políticos e membros de outros Poderes tem com o agora "Professor Tinho", e diziam: nossa você conseguiu trazer o Professor Tinho para te assessorar. Que sorte e/ou como você conseguiu no seu time de Assessoria o Professor Tinho, queria ter a sorte de tê-lo como assessor de imprensa.

Na verdade, foi uma coincidência de fatos marcantes na minha vida profissional, ser eleito PGJ e poder somar com o Professor Tinho na equipe após seus longos anos na cátedra da UFMT e recém aposentado.

Características de um ótimo jornalista e como assessor de imprensa sempre lhe ouvi como termômetro do outro lado da trincheira do Ministério Público Estadual como fonte de conteúdo para a imprensa.

Quando os jornalistas, na maioria ex-alunos, me procuravam com demandas sensíveis e eu precisava pensar, o bálsamo que os acalmavam era agenda com o Professor Tinho, oportunidade em que eles reverencialmente aceitavam o tempo para terem minha posição.

Professor Tinho com sua bagagem teórica e mais de trinta anos de jornalismo foi muito importante principalmente nos momentos de Gestão de Crise, leia-se o período pandêmico de 2020/2021, com sua serenidade e sua fala pausada, todos paravam para ouvi-lo trazendo sua visão profissional as consequências e caminhos no fluxo da comunicação institucional.

Dito tudo isso, na minha vivência profissional com o Professor Tinho esse contato transcendeu para amizade com esse poconeano apaixonado pela sua raiz pantaneira que herdou dos seus pais. Com sua Layde, amada esposa, cultiva e transmite aos seus filhos esses valores.

Nesse breve relato dessa experiência como o Professor Tinho, posso afirmar que ganhei um amigo.

Feliz aniversário, professor e amigo Tinho.

Ética e profissionalismo

Por Antero Paes de Barros

Primeiro, o seguinte, eu conheci Tinho através de Julita Costa Marques, a mãe dele. Eu pegava marmita com Dona Julita, aliás, a melhor que já comi na vida, e ela um dia me chamou: "Anterinho, queria que você visse a possibilidade de um emprego para meu filho, que está se formando jornalista e escreve muito bem".

Quando Tinho chegou, eu o apresentei aos meus patrões na época, no jornal Diário de Cuiabá, e logo começou a trabalhar. Tinho sempre foi muito cuidadoso com os textos, muito correto enquanto profissional. Quando eu fui Secretário, ele me ajudou muito, era muito preocupado com a qualidade do material que seria produzido. Um profissional admirável, muito ético e correto, consegue ser unanimidade. É muito difícil alguém que não o conheça, não admire sua competência e seu caráter, e que não o respeite.

Deus me deu a oportunidade de ser atendido por Dona Julita e, assim, conhecer e trabalhar com Tinho. É um dos melhores jornalistas de Mato Grosso e está no rol dos meus amigos.

Tinho, ao centro, com amigos radialistas em Cuiabá

Calma e gentileza

Por Jairo Pitolé Santana, o "Ajiro"

Conheci Tinho há 42 anos (menos 20 e poucos dias, já que aportei em Cuiabá, vindo de Juiz de Fora, no final de março de 1983, a convite do também amigo de uma data dois ou três anos mais longa, Eduardo Ricci), na Revista Contato, onde trabalhamos juntos. Desde então, nos tornamos amigos (aliás, eu e as torcidas do Fluminense, Santos, Atlético Mineiro, Botafogo, Flamengo, etc., tamanho o seu círculo de amizade).

Também não é por menos. O jeito calmo, gentil e brincalhão, ao mesmo tempo austero e respeitoso, aliado à constante "cara" de gente boa, sempre cevou os já amigos e atraiu os novos. Nunca ouvi alguém lhe desejar um "tiquinho" de mal. Pelo contrário. Mas muito pelo contrário, mesmo. Brinco dizendo que deve ser resultado da mistura entre o espírito poconeano e os anos de estudo em Belo Horizonte, onde se formou.

Neste longo período de amizade, em que trabalhamos juntos na, já citada revista Contato e nos jornais Fim de Semana, Diário de Cuiabá e, se não me engano, na Folha do Estado, sem esquecer o período em que fomos correspondentes, ele do Jornal do Brasil e eu do Globo, pude compartilhar, e comprovar, sua seriedade profissional, sem deixar de lado o bom humor. E assim foi durante sua vida acadêmica, pela "procissão" de alunos em sua casa. Ah! Nos tornamos vizinhos ainda nos anos de 1980, o que nos aproximou ainda mais.

A muitos, dedica um nome próprio, às vezes aliado a alguma situação. Por causa de um erro de datilografia (isso nos anos 1980), virei "Ajiro" (de Jairo) e outro amigo, que já nos deixou, "Arildo" (Ailton Segura); e por causa de novelas, minha cunhada Fátima teve o nome acrescido de "Roitman" (Vale Tudo) e meu sobrinho de "Chimanski" (Rainha da Sucata). Rita ganhou um "Hayworth".

Peculiaridades de Tinho. Vida longa, amigo.

Para além do trabalho

Por Anderson Pinho

Peço licença para fugir do clichê, com o respeito e o cuidado de limpar os pés para entrar na casa de uma família para a qual você foi convidado.

Não olho para o Tinho como jornalista experiente ou como o correspondente que reportou grandes acontecimentos estaduais para o cenário nacional. Também não o vejo como o professor aposentado da UFMT com milhões de ex-alunos por este Brasilzão, muito menos como assessor de imprensa de conduta moral/profissional irretocável.

O meu olhar foge das redações e do ambiente acadêmico e mira o ser humano. É fraternal, quero dizer, paternal, porque vejo em José da Costa Marques Filho a figura de um pai, do meu pai, portanto é um olhar de pai para filho, me perdoe o trocadilho.

Zé Litinho lembra meu saudoso Juarez: dos sestros (cacoetes), na personalidade do tipo gente boa, mas sistemática e na postura babona quando a questão passa pelos filhos e netos, estes por sua vez deram uma lapada no coração mole desse poconeano. Confessou que quer comprar uma fazenda pra cada neto, diz à boca miúda.

Odeia fotografia, tem rede social, mas quase não entra nos perfis ou responde aos comentários. Se você for marcar ele em alguma postagem pode esquecer. Você viverá no ostracismo se depender da interação dele. O caminho é marcar Laís ou Layde. Café e cigarro são duas parceiras inseparáveis. A segunda é do tipo mal-elemento, como diriam as pessoas mais antigas. É perseguido pelo telefone 3030 (quem não é?)

Muitos amigos em comum, amizades de primeira grandeza, afinidades. É um ótimo confidente, conselheiro, pacificador e uma criatura humilde. Com ele o papo rola solto sem que a pauta seja especificamente o jornalismo. Você conversa sobre qualquer assunto com o Tinho.

Em meio a um mundo doente, de pessoas que dizem querer o bem, mas disseminam ódio, veneno e fake news, encontrar alguém com uma conduta pacífica, justa e com empatia é um achado, ou melhor, é um tesouro.

Trabalhamos juntos no Ministério Público até dias atrás, entramos e saímos juntos de lá, após quase seis anos. Foi uma despedida deste capítulo em nossas vidas, mas não da nossa caminhada.

Estar com ele foi uma das melhores coisas que podia ter acontecido. Foi mais que uma oportunidade, foi um privilégio.

Estar com ele, seja pessoal ou virtualmente, em ambiente profissional ou familiar, perto ou longe, o contato com ele representa aconchego, como um abraço ou uma palavra amiga.

Pommmmmba, que sorte grande! Ganhei um pai, ganhei uma família, ganhei irmãos, ganhei sobrinhos e ganhei uma família.

Feliz Aniversário, Tinho! Bju no seu coração.

Uma inspiração

Por Rodrigo Vargas

O professor Tinho, ele tem um papel fundamental na minha carreira e talvez até não saiba, acho que eu nunca falei isso para ele. Quando eu entrei na faculdade, eu tinha muita expectativa em produzir, até eu já participava de um jornalzinho na época da escola. Mas quando entrei na faculdade, em 1994, havia o tronco comum, período em que as turmas de Jornalismo, Rádio e TV e Publicidade estudavam juntas, concentrando disciplinas muito importantes, mas que não eram diretamente ligadas ao fazer, à prática.

Então, era muita teoria e aquilo me desanimou muito e chegou ao ponto que eu pensei em desistir de fazer o curso. E foi nas aulas do professor Tinho que isso começou a mudar. Então ele, por vir do mercado, por vir de uma experiência como correspondente, conseguia conectar isso que a gente estava vendo lá na teoria com a prática.

Foi quando começamos o jornal laboratório, o Sofoca, as idas para campos, as coberturas de eventos. Enfim, tudo isso começou a surgir e a gente, na própria aula dele, começava a colocar a mão na massa.

Uma vez, não me lembro qual era a circunstância, a gente foi na casa dele e ele mostrou uns cadernos em que catalogava as matérias que tinha escrito. Era uma pasta com o material produzido. Na época eu achei aquilo fantástico, era tanta matéria no Jornal do Brasil, e eu só pensava, será que eu vou conseguir ter um arquivo desse?

Eu acho que a partir daí eu fui me engrenando, me engajando nas iniciativas, no próprio jornal laboratório e nos trabalhos que foram surgindo. E aí tudo mudou. Eu concluí minha faculdade, comecei minha carreira, e hoje eu tenho um arquivo como aquele.

Eu sempre lembro daquele dia, lembro daquela visita lá na casa dele em que pude ver eu estava estudando com alguém que tinha ajudado a escrever a história. Eu falei, poxa, eu quero isso para mim também e fui atrás disso. O que eu posso dizer é que tenho muito respeito pelo professor Tinho e orgulho de falar que eu fui aluno dele.

Desejo o melhor para ele, muita saúde e muita paciência para resistir a esses tempos que a gente vive. Um abraço e tudo de bom.

Companheiro de aventuras

Por Marquinhos do Rio Preto

É com muito carinho e felicidade que participo das comemorações do aniversário desse meu querido e especial amigo pantaneiro Tinho Costa Marques. Mas, para nós, o sempre Zé Litin! Companheiro da república “Bordel”, do nosso tempo se estudantes de Comunicação, de grandes porres no bar do Quincas, para onde íamos depois das aulas e de mil aventuras.

Mas, a lembrança mais marcante que guardo desse meu amigo querido foi um final de semana que passamos no sítio de um professor nosso, do curso de Comunicação da PUC.

Era só pegar o violão, que ele logo chegava e pedia: vamos cantar aquela que eu lembro lá de casa…! E começava: "Encosta sua cabecinha no ombro e chora, E conta logo suas mágoas todas para mim….”

Ehhh saudade!

Te desejo, meu amigo, toda felicidade do mundo! Muita saúde, alegria de viver e que Deus abençoe você e a sua linda família! Obrigado pela amizade e conta sempre comigo!!! Estamos juntos! Sempre!!!!

Tinho Costa Marques rodeado por familiares em momento de celebração

De pai para filha

Por Laís Costa Marques

Pai, se você chegou aqui, deve estar emocionado em ver tanta gente bacana que te admira, te quer bem. E olha que muita, mas muita gente ficou de fora (e já peço perdão por isso). Só acho que não está mais emocionado do que eu. Foram dias e dias chorando a cada mensagem, cada relato, cada história que só me fizeram ter mais e mais orgulho de ser sua filha.

Muitos colegas de profissão me perguntam como você deixou eu ser jornalista. Mal sabem eles o quanto nós resistimos a isso, eu e você. Eu, por medo da comparação com seu legado. Você, por instinto de proteção e preocupação.

Tentei outra profissão, mas não rolou. Eu já estava contaminada. Ainda hoje posso sentir o cheiro de jornal fresco em nossa casa, lembro quando íamos, tarde da noite, te buscar, aquelas luzes brancas da redação, o barulho dos teclados, os bonecos dos jornais sobre as bancadas. Tudo me fascinava. Isso sem falar dos comícios, das "celebridades" políticas que pude conhecer ainda criança, dos eventos em que te acompanhava.

São as memórias da minha infância e a sua conduta que fazem eu ser quem sou, que mesmo diante dos dissabores profissionais, me permitem acreditar que informação e comunicação, quando feitas com responsabilidade e ética, podem dar discernimento e coragem para lutar por um mundo mais justo.

Seria bom se fosse um colega de profissão, um professor, um amigo. Mas Deus o fez meu pai para que pudesse ser todos ao mesmo tempo.

Obrigada, pai, por existir. Você é o amor de nossas vidas! Viva!!!

P.S: Obrigada, Pedro Pinto, pela oportunidade de mostrar, em vida, o quanto ele é amado e admirado.

Influencer à moda antiga

Por J.L. Siqueira

A vida é surpreendente. Tinho Costa Marques alimentou meu apreço pelo bom texto jornalístico e me influenciou numa época em que jamais imaginava que iria conhecê-lo e seríamos bons amigos.

Nos idos de 1980, quando dava meus primeiros passos no jornalismo, em Santo André (SP), estagiava num pequeno jornal quinzenal de linha naturalista que era impresso às sextas-feiras na empresa Diário do Grande ABC, naquela cidade. Na condição de foca (iniciante), eu era um faz-tudo na empresa que trabalhava, e uma das minhas atribuições era acompanhar a impressão do jornal.

Quis o destino que em meio ao barulho das enormes rotativas do Diário eu tomasse conhecimento da existência de Tinho Costa Marques. À época, ao lado de um time de jornalistas de primeira linha, ele editava o tabloide Fim de Semana, um dos mais brilhantes trabalhos jornalísticos lançados em Mato Grosso. Enquanto aguardava a impressão do Vida Integral, me deleitava folheando o jornal mato-grossense, que sempre era rodado antes do nosso para dar tempo de ser enviado por avião pra Cuiabá.

Diagramação arejada, textos bem construídos, linguagem atraente, era muito prazeroso ler o Fim de Semana, e no meu caso, em primeiríssima mão, saído do prelo, como se dizia antigamente. Sem jamais desmerecer qualquer um dos integrantes da equipe, chamava-me muito a atenção os textos assinados por Tinho Costa Marques. Eram elegantes, enxutos, fluíam, inseriam o leitor na matéria. Pensava: 'poxa, como esse cara escreve bem!'

Encurtando o relato, mais tarde acabei vindo morar em Cuiabá, onde conheci o Tinho e fiquei mais seu fã. Além da competência profissional, pude ver a fantástica figura humana que ele é. A sua biografia é um legado.

Hoje, na reta final da minha carreira, tenho a satisfação de trabalhar ao lado da sua filha, Laís Costa Marques, na Secom da ALMT.

Eita, vida, que dá voltas e nos surpreende!

Décadas de pautas, aulas e amizade

Por Diélcio Moreira

Eu conheci o jornalista e professor Tinho Costa Marques em 1983, se eu não estiver enganado. Poconeano, sem pressa, voz amiga, sempre com as antenas da percepção jornalística acionadas. Trabalhamos juntos no Jornal FIM de SEMANA, um jornal semanal produzido em offset quando o sistema de impressão em Mato Grosso ainda era por máquinas planas. Eu era o Editor geral e o Tinho, novamente salvo engano, editor de política. Tínhamos ainda como colegas de trabalho Adilson Lopes, Maria Teresa Carracedo, Pitolé e tantos outros. Foi o começo de uma longa amizade, respeito e admiração.

Nós nos reencontramos mais tarde na Universidade como professores do antigo Departamento de Comunicação. Voltamos a trabalhar juntos na Universidade em um projeto de extensão que coordenei sobre Educomunicação e Transmídia e várias cidades da Baixada Cuiabana.

Quero dizer ao Tinho que é uma honra tê-lo como amigo e como companheiro de trabalho por quase quarenta décadas. Felicidades Tinho.

Exemplo de ética profissional e de ser humano

Por Marcy Monteiro Neto

Para todos aqueles que foram seus alunos, o professor Tinho Costa Marques certamente é uma inspiração como profissional. E todos aqueles que o conheceram além da sala de aula, também certamente o admiram como exemplo de ser humano.

Eu tenho dúvidas se o professor Tinho tem noção de tudo o que ele representa para os alunos que passaram por sua sala de aula. Quando estava no curso de Jornalismo da UFMT, as aulas do Tinho eram as mais aguardadas. Com voz mansa e calma peculiar, sabia conduzir os jovens futuros jornalistas nas técnicas necessárias para um bom texto. Mas ia além da técnica, com sua postura, educação e gentileza de sempre.

Sou jornalista hoje e devo muito do que aprendi sobre a profissão ao professor Tinho. Além das aulas, foi meu orientador no trabalho de conclusão de curso, direcionando a pesquisa e os rumos que deveríamos tomar para chegar ao sucesso. Sucesso que chegou a ele mesmo, como vemos em relatos tão tocantes de familiares e amigos que ele conquistou ao longo dos anos.

Felicidades, professor Tinho. E obrigado por tudo!