Depois de chegar a superar os R$ 5,80 no início do dia, o dólar perdeu força e encerrou o pregão praticamente estável no Brasil. O movimento reflete a desvalorização da moeda norte-americana no exterior e a queda dos rendimentos dos Treasuries, em meio às preocupações sobre o desempenho da economia dos Estados Unidos.
No mercado doméstico, os investidores repercutiram a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial. O indicador acelerou para 1,23% em fevereiro, registrando a maior alta para o mês desde 2016. Em termos anuais, o IPCA-15 acumula um aumento de 4,96%, ultrapassando o teto da meta de inflação de 4,5% estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Entre os setores que mais pressionaram os preços, destacam-se a energia elétrica residencial, com aumento de 16,33%, e a educação, com alta de 4,78%, impactada pelo período de volta às aulas. Apesar da elevação, o resultado do IPCA-15 veio abaixo das projeções do mercado, que estimava uma variação de 1,37% para o mês. Esse fator contribuiu para um ajuste nos preços dos ativos financeiros ao longo do dia.
No cenário internacional, a ausência de eventos econômicos relevantes manteve os investidores atentos a declarações recentes do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Ele manifestou preocupação com a influência de empresas chinesas no mercado americano, o que gerou pressão sobre a taxa de câmbio no último pregão.
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