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Novo teste pode detectar sinal de Alzheimer uma década antes de aparecer em exames cerebrais

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50 milhões de pessoas vivem com demência no mundo — e a projeção dessa entidade é que se atinja a marca de 150 milhões em 2050.


Foto: iG Saúde

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50 milhões de pessoas vivem com demência no mundo — e a projeção dessa entidade é que se atinja a marca de 150 milhões em 2050. No Brasil, um estudo revelou que ao menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com alguma demência no país. Esse número tende a crescer ainda mais. A previsão é que se chegue a 2,78 milhões de brasileiros com demência no final desta década e a 5,5 milhões em 2050. A doença de Alzheimer é notoriamente difícil de detectar, especialmente em seus estágios iniciais. No entanto, pesquisadores da Universidade de Pittsburgh afirmam ter desenvolvido um novo teste de biomarcador que pode levar a diagnósticos mais precoces e a mais opções de tratamento.

O teste identifica os estágios iniciais de formação de emaranhados de tau — uma característica da doença de Alzheimer — até uma década antes que qualquer aglomerado de tau possa ser visualizado em um exame cerebral. "Nosso teste identifica os estágios iniciais de formação de emaranhados de tau”, disse Thomas Karikari, autor sênior do estudo e professor assistente de psiquiatria na Escola de Medicina Pitt.

Tau é uma proteína que ocorre naturalmente e ajuda a estabilizar as células nervosas. Junto com outra proteína, a beta amiloide, tau pode se acumular no cérebro e perturbar a função celular. Aglomerados irregulares de tau são chamados de emaranhados neurofibrilares, que são uma característica da doença de Alzheimer.

O novo teste de Pittsburgh utiliza uma punção lombar, onde uma agulha extrai o líquido cefalorraquidiano para ser examinado quanto à tendência de acúmulo de tau. Karikari e sua equipe identificaram o local principal onde as moléculas de tau podem se ligar anormalmente e formar emaranhados. A detecção precoce de tau propenso a emaranhamento pode identificar indivíduos que provavelmente desenvolverão declínio cognitivo associado ao Alzheimer e que poderiam ser ajudados com terapias de nova geração, afirmou Karikari.

Embora não exista cura conhecida para Alzheimer, certos medicamentos podem retardar o declínio cognitivo. Atualmente, exames como avaliações cognitivas, exames cerebrais e testes de sangue são usados para diagnosticar a doença, mas nenhum teste único é definitivo. Por exemplo, um PET scan de tau utiliza um traçador radioativo para visualizar a proteína tau no cérebro, mas é caro e pode não detectar estágios iniciais da patologia de tau.

Karikari acredita que o aglomerado de tau é um evento definidor para o Alzheimer. “Beta amiloide é uma fagulha, e tau é um palito de fósforo”, explicou. “Uma grande porcentagem de pessoas que possuem depósitos de beta amiloide no cérebro nunca desenvolverá demência. Porém, uma vez que os emaranhados de tau aparecem em um exame cerebral, pode ser tarde demais para controlar o problema e sua saúde cognitiva pode se deteriorar rapidamente.”

As descobertas de Karikari foram publicadas na revista Nature Medicine na semana passada. A punção lombar ainda não foi aprovada pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA e, portanto, não está disponível para uso. No entanto, os pesquisadores esperam eventualmente transformar o teste em um exame de sangue.

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