Eventos paralelos expõem racha do PT na disputa pela presidência do partido
Em meio à disputa para sucessão no partido, o deputado Reginaldo Lopes (MG) fará um jantar, nesta quarta-feira (19), para receber parlamentares do PT e o pré-candidato à presidência do partido, Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP).
Em meio à disputa para sucessão no partido, o deputado Reginaldo Lopes (MG) fará um jantar, nesta quarta-feira (19), para receber parlamentares do PT e o pré-candidato à presidência do partido, Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP).
O processo eleitoral interno do PT é marcado por um racha entre os grupos de Edinho e da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), atual presidente.
O jantar com Edinho, por exemplo, já precisou ser remarcado. A primeira vez que houve o convite para o encontro, integrantes da bancada na Câmara discutiram por um grupo de mensagens.
Apoiadores de Gleisi disseram que a reunião era um desrespeito com a parlamentar.
Integrantes da atual gestão da sigla defendem que Gleisi deve comandar o processo de sucessão na legenda e consideram que Edinho foi “apressado” na disputa interna.
O ex-prefeito de Araraquara tem viajado o país ao lado de lideranças petistas, como ex-ministro José Dirceu. Edinho é o candidato com preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Já Gleisi sustenta que o próximo a ocupar o posto máximo do partido deve ser da região Nordeste. Entre os indicados da atual presidente está o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Diante do embate, as presenças em eventos sociais são disputadas.
Nesta terça-feira (18), Guimarães fez uma festa de aniversário em Brasília e recebeu correligionários. Entre os presentes estavam Gleisi, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Ainda nesta semana, o PT decidiu as regras para o pleito interno que serão em julho. Houve mudanças nas medidas que impediam mais de três mandatos nos diretórios.
A reunião para a definição do processo interno causou embates no diretório nacional com ameaça de judicialização das novas regras.