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Política

PGR denuncia o ex-presidente Jair Bolsonaro, tratado como ?líder? de uma organização criminosa, e mais 33 pessoas por ?golpe de Estado?

Ex-presidente Jair Bolsonaro | Imagem por Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP)/Orlando KissnerBRASÍLIA, 18 de fevereiro — A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou formalmente ao Supremo Tribunal Federal o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-companheiro de chapa, General Braga Netto, e mais 32 pessoas pelos crimes de "abolição violenta do Estado Democrático de Direito" (art.


Ex-presidente Jair Bolsonaro | Imagem por Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP)/Orlando Kissner

BRASÍLIA, 18 de fevereiro — A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou formalmente ao Supremo Tribunal Federal o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-companheiro de chapa, General Braga Netto, e mais 32 pessoas pelos crimes de "abolição violenta do Estado Democrático de Direito" (art. 359-L do Código Penal), "golpe de Estado" (art. 359-M do Código Penal), "organização criminosa armada" (art. 288-A do Código Penal Brasileiro, introduzido pela Lei nº 12.850/2013), "dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima" (art. 163, parágrafo único, I e III do Código Penal), e "deterioração de patrimônio tombado" (art. 62, I da Lei 9.605/1998), cujas penas podem chegar a 46 anos de prisão (mínimo de 13 anos) em caso de condenação.

Clique aqui para ler a íntegra da denúncia (270 páginas) >

Segundo a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo acusado de ser o "líder", junto com Braga Netto, de um plano voltado à execução de um "golpe de Estado" e tinha "conhecimento" de uma "ação violenta" que visava "impedir a assunção do Poder pelo novo governo eleito".

Gonet, citando o inquérito da Polícia Federal, afirma que o plano liderado por Bolsonaro e Netto também cogitava "neutralizar" Alexandre de Moraes com "armas bélicas" e Lula "por envenenamento".

Procurador-geral da República Paulo Gonet Branco | Imagem por Antonio Auguto/MPF

"A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Netto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e Independência dos poderes e do Estado de Direito democrático [â?¦] O presidente da República adotou crescente tom de ruptura com a normalidade institucional nos seus repetidos pronunciamentos públicos em que se mostrava descontente com decisões de tribunais superiores e com o sistema eleitoral eletrônico em vigor. Essa escalada ganhou impulso mais notável quando Luiz Inácio Lula da Silva, visto como o mais forte contendor na disputa eleitoral de 2022, tornou-se elegível, em virtude da anulação de condenações criminais [â?¦] A organização criminosa não se limitou ao monitoramento do Ministro Alexandre de Moraes. Como indicado no plano 'Punhal Verde Amarelo', Luiz Inácio Lula da Silva também seria alvo das ações de neutralização e, por isso, precisava ser monitorado [â?¦] O plano se desdobrava em minuciosas atividades, requintadas nas suas virtualidades perniciosas. Tinha no Supremo Tribunal Federal o alvo a ser "neutralizado". Cogitava do uso de armas bélicas contra o Ministro Alexandre de Moraes e a morte por envenenamento de Luiz Inácio Lula da Silva" -Paulo Gonet

Essa é a primeira vez que Jair Bolsonaro é denunciado criminalmente ao Supremo Tribunal Federal, que julgará o caso em sua Primeira Turma, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

A denúncia de Paulo Gonet foi recebida por Alexandre de Moraes, e caberá ao ministro Zanin marcar as datas do julgamento.

Caso a denúncia seja aceita pelo Supremo, o ex-presidente se tornará réu, e o processo seguirá com a coleta de provas, depoimentos de testemunhas, interrogatório do réu e apresentação das defesas, culminando no julgamento do tribunal, que decidirá entre condenação ou absolvição.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro e do General Braga Netto foram denunciados:


NOTAS PÚBLICAS DAS DEFESAS


(Matéria em atualização)

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