China e Rússia fazem acordo com houthis para evitar ataques a navios

Os houthis, um grupo rebelde do Iêmen apoiado pelo Irã, informou à China e à Rússia que seus navios podem navegar pelo mar Vermelho sem serem atacados.

China e Rússia fazem acordo com houthis para evitar ataques a navios
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Desde novembro de 2023, os houthis realizaram dezenas de ataques contra navios no mar Vermelho e no canal de Suez. O grupo afirma que seus ataques são uma retaliação à operação militar de Israel na Faixa de Gaza.

Também alegam ter como alvo navios pertencentes a empresas israelenses, mas os Estados Unidos dizem que diversos navios atingidos nos últimos dias não tinham relação com Israel ou com a guerra no Oriente Médio.

Entenda

Os houthis, liderados por Abdul-Malik al-Houthi, são rebeldes zaiditas, uma vertente do islamismo xiita, que constitui aproximadamente 30% da população do Iêmen. Eles estão em oposição ao governo iemenita há cerca de duas décadas e, atualmente, controlam 25% do território do país, incluindo a capital Sanaa.

A organização armada, que também se autodenomina Ansar Allah (“Partidários de Deus”, em tradução livre), surgiu no Iêmen no início da década de 1990 para combater o que eles consideravam ser um governo corrupto do então presidente Ali Abdullah Saleh. À época, as demandas do grupo incluíam maior representação política, desenvolvimento social e redução das desigualdades no país.

Eles expressam forte oposição a Israel e à influência dos EUA no Oriente Médio e se declaram parte do "eixo da resistência", mantendo afinidades com outros grupos rebeldes da região, como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Faixa de Gaza. A aliança informal possui, além desses grupos, 2 Estados: o Irã e a Síria.