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Poder Economia

Galípolo quer que governo dê certo e ajudará com mercado, diz Lindbergh

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), 55 anos, afirmou que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deverá atuar para melhorar a relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o mercado financeiro.


Foto: Sergio Lima - Poder360

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), 55 anos, afirmou que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deverá atuar para melhorar a relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o mercado financeiro. Em entrevista ao Poder360, disse que há "implicância" do setor com o governo, mas que a relação pode melhorar a partir da interlocução que o novo chefe da autoridade monetária pode fazer.

"Eu acho que a entrada do Galípolo não é qualquer coisa. Porque você tem ali um interlocutor com o mercado, com as instituições financeiras. O Banco Central tem muito peso ali. […] Ele quer que o governo Lula dê certo. Foi secretário-executivo do Haddad [Fernando Haddad, ministro da Fazenda]. O que eu acho, sinceramente, que houve uma sabotagem política do Roberto Campos Neto [ex-presidente do Banco Central]. E eu acho que agora ele pode tentar mudar a percepção. […] Cria as condições para melhorar a relação com o mercado e tentar fazer essa taxa de juros em algum momento ceder", disse Lindbergh.

Assista à entrevista (56min29s):

Um dos críticos mais ferrenhos do ex-presidente do Banco Central Campos Neto, Lindbergh diz que houve "sabotagem política" da antiga gestão ao governo petista. Agora, espera que Galípolo possa reverter a alta dos juros, embora o BC tenha sinalizado que irá subir em mais 2 pontos percentuais a taxa básica de juros, a Selic.

O juro base está em 12,25% ao ano mas, segundo o Boletim Focus, os agentes financeiros esperam uma alta de até, pelo menos, 15% em julho –patamar que não é atingido desde 2006.

Lindbergh disse também ser um equívoco o envio de novas medidas de corte de gastos ao Congresso porque, em sua avaliação, o mercado vai considerar insuficiente, independentemente das propostas.

"Eu só acho que tem uma posição do mercado. É uma posição contrária a esse governo, e que, na verdade, tudo que a gente apresenta, eles dizem que é pouco. O que houve quando o governo apresentou aquele pacote [de corte de gastos apresentado no fim de 2024] foi um ataque. O dólar subiu e eles não reconheceram o tamanho do esforço que foi feito por parte do governo. Agora estão falando em novas medidas de ajuste. Eu acho um equívoco a gente prosseguir nesse caminho, porque eu já sei o que vai acontecer. Eles vão dizer que é insuficiente", declarou o deputado.

Para Lindbergh, uma parte grande do setor é alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal adversário político de Lula. "É uma turma, uma parte grande, que votou no Bolsonaro, tem má vontade com o governo e vai tentar apostar contra", afirmou o congressista.

O deputado defendeu que o governo tem feito um esforço fiscal grande e que não há gastança, mas declarou que o debate nacional deve se dar em torno de temas da economia popular. "Nós estamos saindo de um deficit fiscal, deficit primário, no ano passado, de 2,3% do PIB [Produto Interno Bruto]. E estamos entregando em 0,1% do PIB. É um esforço fiscal grande", afirmou Lindbergh.

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