Maringá tem o melhor saneamento do Brasil, mostra ranking
A cidade de Maringá (PR) tem os melhores índices de saneamento básico do Brasil, seguida de São José do Rio Preto e Campinas, ambas no Estado de São Paulo.
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Inscreva-seSegundo o instituto, a falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas. Cerca de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto. Em nota (íntegra – PDF – 430 kB), a organização declarou que esses números refletem "em problemas na saúde para a população que diariamente sofre, hospitalizada por doenças de veiculação hídrica".
O Instituto Trata Brasil disse que 5 capitais da região Norte e 3 da região Nordeste "não tratam sequer 35%" de seu esgoto. "Em ano de janela eleitoral nos municípios brasileiros, saneamento básico precisa estar no centro das discussões", disse o instituto.
O ranking é composto pela análise de 3 itens: "nível de atendimento", "melhoria do atendimento" e "nível de eficiência". As 3 cidades mais bem colocadas –Maringá, São José do Rio Preto e Campinas– atingiram, pela 1ª vez na história do ranking, a pontuação máxima disponível com a universalização do saneamento.
"São consideradas universalizadas as localidades que contam com 99% de sua população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto", lê-se no comunicado.
Eis as cidades que ocupam as 20 primeiras posições (da melhor para a pior):
- Maringá (PR);
- São José do Rio Preto (SP);
- Campinas (SP);
- Limeira (SP);
- Uberlândia (MG);
- Niterói (RJ);
- São Paulo (SP);
- Santos (SP);
- Cascavel (PR);
- Ponta Grossa (PR);
- Jundiaí (SP);
- Praia Grande (SP);
- Foz do Iguaçu (PR);
- Londrina (PR);
- Franca (SP);
- Montes Claros (MG);
- Campo Grande (MS);
- Aparecida de Goiânia (GO);
- Goiânia (GO);
- Piracicaba (SP).
O instituto destacou que verificou-se a correlação entre o volume de investimentos e os avanços nos indicadores de saneamento básico. Os 20 melhores municípios apresentaram um investimento anual médio no período de 2018 a 2022 de R$ 201,47 por habitante –13% abaixo do patamar nacional médio para a universalização.
"Neste caso, contudo, como muitos desses municípios já possuem indicadores em estágios mais avançados de desenvolvimento ou universalizados, eles podem apresentar valores abaixo da média nacional, sem comprometer o atendimento às metas do Novo Marco Legal do Saneamento Básico", lê-se na nota.
Já as 20 piores cidades tiveram um investimento anual médio no mesmo período de R$ 73,85 por habitante –68% abaixo do patamar nacional médio para a universalização. "No caso desses municípios, por terem indicadores muito atrasados e distantes da universalização, ter um investimento anual médio por habitante baixo resulta em uma dificuldade muito grande para atingir as metas estabelecidas", completa o texto.
Eis os 20 piores municípios classificados no ranking de 2024 (do pior para o melhor):
- Porto Velho (RO);
- Macapá (AP);
- Santarém (PA);
- Rio Branco (AC);
- Belford Roxo (RJ);
- Duque de Caxias (RJ);
- São Gonçalo (RJ);
- Belém (PA);
- Várzea Grande (MT);
- Juazeiro do Norte (CE);
- Ananindeua (PA);
- Maceió (AL);
- São Luís (MA);
- Jaboatão dos Guararapes (PE);
- Manaus (AM);
- Caucaia (CE);
- São João de Meriti (RJ);
- Paulista (PE);
- Cariacica (ES);
- Pelotas (RS).
Eis o ranking completo: