Ataques de Israel matam 10 pessoas em "zona segura" de al-Mawasi
Um ataque aéreo de Israel matou ao menos 10 palestinos, incluindo mulheres e crianças, nesta 5ª feira (2.
Um ataque aéreo de Israel matou ao menos 10 palestinos, incluindo mulheres e crianças, nesta 5ª feira (2.jan.2025) em um acampamento em Al-Mawasi que abrigava famílias deslocadas no sul da Faixa de Gaza, segundo relato de médicos à agência de notícias Reuters.
De acordo com a TV Al-Aqsa, o diretor-geral do departamento de polícia de Gaza, Mahmoud Salah, e seu assessor foram mortos no ataque aéreo realizado por Israel. Outros 15 palestinos ficaram feridos.
“Durante a noite, a IAF (sigla para as Forças Aéreas de Israel) conduziu um ataque baseado em inteligência na Área Humanitária em Khan Yunis e eliminou o chefe das Forças de Segurança Interna do Hamas no sul da Faixa de Gaza, o terrorista Hassam Shahwan. Antes do ataque, foram tomadas inúmeras medidas para mitigar o risco de ferir civis, incluindo a utilização de munições precisas, vigilância aérea e informações adicionais”, informa o comunicado das Forças de Defesa de Israel.
O texto prossegue: “A organização terrorista Hamas viola sistematicamente o direito internacional, ao mesmo tempo que explora as infra-estruturas civis e a população de Gaza como escudos humanos para actividades terroristas. As FDI continuarão a operar contra organizações terroristas em defesa dos cidadãos de Israel”.
A agência de notícias palestina Wafa informou que quadricópteros de Israel estavam disparando na cidade de Gaza e que os militares israelenses "continuam a explodir edifícios residenciais a oeste do campo de Jabalia".
A agência relatou ainda que 4 palestinos foram mortos em um ataque israelense ao campo de refugiados de al-Shati, que fica a oeste da Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza. "Desde a madrugada de hoje, 15 cidadãos foram mortos e dezenas de feridos nos bombardeamentos da ocupação contra várias partes da Faixa de Gaza, 11 deles em Khan Younis", diz a agência.
Fontes locais disseram à Wafa que as forças de Israel entraram na cidade na 4ª feira (1º.jan) à noite para realizar rituais talmúdicos em santuários islâmicos. Durante a incursão, casas e veículos dos moradores foram atacados, causando danos significativos. Anteriormente, as forças de Israel invadiram a cidade e fecharam o portão de ferro à sua entrada, forçando os proprietários de lojas a fechar os seus negócios e restringindo a circulação dos residentes, segundo a emissora Al Jazeera.
Foi relatado ainda que forças israelenses invadiram a cidade ocupada da Cisjordânia, prendendo um homem do bairro de Ras al-Ein, perto da Igreja da Natividade, e um outro homem da área de Karkafa, no centro da cidade. As forças de Israel também emitiram ordens de despejo forçado de famílias palestinas na área de Khirbet Tana, perto da cidade de Beit Furik, a leste de Nablus, segundo a Quds News Network.