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Segurança Pública

Ex-superintendente de Jaques Wagner e de Rui Costa é preso pela Overclean

O agente da Polícia Federal Rogério Magno de Almeida Medeiros foi preso nesta 2ª feira (23.


Foto: Aratu On

O agente da Polícia Federal Rogério Magno de Almeida Medeiros foi preso nesta 2ª feira (23.dez.2024) pela operação Overclean, na Bahia. Ele foi ex-superintendente de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia nos governos do senador Jaques Wagner (PT-BA) e do ministro Rui Costa (Casa Civil).

Rogério Magno foi exonerado por Rui Costa em 2020 depois de ter sido citado na Operação Faroeste, que investigava um esquema de venda de sentenças por juízes na Bahia.

A operação é uma ação conjunta de Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e a Receita Federal. Visa a desarticular uma organização que teria desviado dinheiro em contratos superfaturados a partir de licitações fraudadas de prefeituras com o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas). A investigação aponta o desvio de R$ 1,4 bilhão de dinheiro dos pagadores de impostos.

Os crimes teriam sido cometidos de 2018 a 2024 em cidades de 5 Estados (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins). Envolve pessoas que são filiadas ou têm relação com políticos de pelo menos 8 partidos: MDB, PP, PSD, PSDB, PT, Republicanos, Solidariedade e União Brasil.

Leia mais sobre a Overclean:

O Poder360 teve acesso a parte dos documentos da operação, que segue em segredo de Justiça. Por conter dados sensíveis (endereços pessoais e números de documentos), o jornal digital decidiu não divulgar o processo na íntegra, mas relata nesta reportagem os dados que têm relevância jornalística e interesse público.

As investigações mostram que o grupo investigado tinha uma célula de apoio informacional, composta por policiais, que tinha a função de repassar informações sensíveis, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.

Nos documentos analisados, Rogério Magno de Almeida Medeiros é sinalizado com a sigla "MAG”, as 3 primeiras letras de "Magno”, em uma planilha que indica que ele recebia R$ 6.000 mensais para “serviços de dedetização”. O pagamento, porém, seria por causa de informações sigilosas envolvendo agentes federais.

Além de Rogério Magno, foram presos nesta 2ª feira (23.dez.2024) Carlos André, que seria um operador do grupo, o vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Vidigal Cafezeiro Neto (Republicanos), e o secretário de mobilidade do municípiuo e o ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Vitória da Conquista, Lucas Dias.

Além das prisões preventivas, a PF cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, uma ordem de afastamento cautelar de um funcionário público e medidas de sequestro de R$ 4,7 milhões em bens.

ENVOLVIMENTO DE PARTIDOS NA OPERAÇÃO

A investigação é concentrada na Bahia –e parece haver um esforço de setores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em propagar que os maiores envolvidos na eventual corrupção seriam do União Brasil, o principal partido a fazer oposição aos petistas baianos.

Ocorre que a operação Overclean cumpriu 17 mandados de prisão (leia mais abaixo) e 43 de busca e apreensão em todos os 5 Estados citados (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins).

Eis as conexões partidárias que podem ser vistas na documentação do caso (as siglas estão em ordem alfabética):

PODER 360

Poder Justiça Segurança Pública Bahia Governo Da Bahia Jaques Wagner Justiça Operação Faroeste Operação Overclean Rogério Magno De Almeida Medeiros Rui Costa Segurança Pública

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