Caso Djidja Cardoso: Justiça Condena Família e Amigos a 10 Anos por Envolvimento no Tráfico de Cetamina
Seis pessoas foram condenadas a 10 anos e 11 meses de prisão por envolvimento em tráfico de drogas e associação para o tráfico, em Manaus, nesta terça-feira (17).
Seis pessoas foram condenadas a 10 anos e 11 meses de prisão por envolvimento em tráfico de drogas e associação para o tráfico, em Manaus, nesta terça-feira (17). A sentença foi proferida pelo juiz Celso de Paulo, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas, como resultado de uma investigação sobre o uso ilegal de cetamina, uma substância veterinária utilizada como droga sintética. A defesa dos condenados, representada pelos advogados Mozarth Ribeiro Bessa Neto e Rosana Assis, anunciou que recorrerá da decisão.
O caso está relacionado à morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, encontrada morta em maio de 2023. A principal linha de investigação aponta que a causa da morte foi uma possível overdose de cetamina, embora o laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML) ainda não tenha sido divulgado.
Cleusimar de Jesus Cardoso, mãe de Djidja, foi apontada como a líder do esquema criminoso. Ela manipulava e distribuía a cetamina em sua residência, muitas vezes disfarçada como parte de encontros espirituais ligados à seita 'Pai, Mãe, Vida'. Outros membros da família, como Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja, também foram condenados, sendo responsáveis pela distribuição e fornecimento da droga.
Os demais condenados foram identificados como Veronica da Costa Seixas (gerente), Hatus Moraes Silveira (coach), José Máximo Silva de Oliveira (dono da clínica veterinária), e Savio Soares Pereira (sócio da clínica). José Máximo foi acusado de facilitar o acesso à cetamina por meio de sua clínica, onde a substância era adquirida e manipulada.
A Polícia Civil do Amazonas ainda aguarda um laudo conclusivo sobre a causa da morte de Djidja. O IML relatou sinais de depressão cardiorrespiratória e edema cerebral, mas a causa exata não foi identificada. Durante o julgamento, três réus foram absolvidos das acusações devido à falta de provas suficientes, entre eles Emicley Araujo Freitas Junior, Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas.