Emanuel Pinheiro destaca desafios da gestão e acusa adversários de manipulação política
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), concedeu entrevista nesta segunda-feira (16.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), concedeu entrevista nesta segunda-feira (16.12) ao Jornal da Cultura 90.7 FM, abordando os desafios enfrentados durante sua gestão e defendendo seu governo diante das críticas recebidas por adversários. O prefeito destacou que as operações realizadas em sua administração têm sido utilizadas como instrumento de ataque político, enquanto os reais problemas do estado, segundo ele, são negligenciados.
Para Emanuel o governo estadual de tentar desviar a atenção da população ao focar em questões locais, enquanto enfrenta crises em áreas como segurança pública e saúde. “A segurança pública do estado faliu, está fracassada, perdeu a guerra para o crime organizado, para as facções criminosas. Quando começam a crescer esses problemas, o governo tenta jogar a população contra mim, desviando o foco”, afirmou o prefeito.
Durante a entrevista o prefeito também criticou a falta de investimentos do estado nos hospitais regionais, o que, segundo ele, sobrecarrega as unidades de saúde de Cuiabá. “Hoje, até uma luxação no tornozelo é trazida para a capital, superlotando nossos hospitais como o São Benedito e o HMC”, declarou.
Pinheiro ressaltou que a gestão municipal tem se sacrificado para manter os serviços de saúde funcionando, apesar da escassez de repasses estaduais e federais. “Saúde é cara. Cuiabá não tem dinheiro para bancar sozinha, mas eu não vou fechar leitos, hospitais ou serviços. Salvamos vidas, e isso não tem preço”, enfatizou.
O prefeito também destacou os avanços na saúde pública desde 2017, quando assumiu seu primeiro mandato, mas alertou que, para garantir a continuidade de uma assistência de qualidade, é necessário maior apoio financeiro. “Hoje, 40% a 50% dos atendimentos realizados em Cuiabá vêm do interior do estado, mas o financiamento não acompanha essa demanda. O PPI (Plano de Pactuação Integrada) está desatualizado há mais de 10 anos”, criticou, mencionando que o estado repassa apenas R$ 14 milhões por mês, valor que seria insuficiente para suprir as necessidades da capital.
Sobre as operações realizadas durante sua gestão, Pinheiro afirmou que enfrentou desafios históricos, como a pandemia de COVID-19, e destacou que sua administração detalhou exaustivamente os dados da saúde em defesa no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). “Apresentamos 133 mil páginas em 1.208 arquivos, mostrando toda a realidade de Cuiabá. O Tribunal constatou que a maioria dos atendimentos é de pacientes do interior, mas os recursos repassados são insuficientes ou inexistentes”, disse.