Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Alexandre de Moraes

Saiba quem é Peregrino, "braço-direito" de Braga Netto e alvo da PF

Além de prender o general Walter Braga Netto (PL), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão neste sábado (14.


Foto: Poder360

Além de prender o general Walter Braga Netto (PL), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão neste sábado (14.dez.2024), na operação Contragolpe. Um deles teve como alvo o coronel da reserva Flávio Botelho Peregrino.

Foi assessor do então ministro Braga Netto na Casa Civil, de 2020 a 2021, e no Ministério da Defesa, de 2021 a 2022. Antes disso, Peregrino integrou a equipe do porta-voz da Presidência da República Otávio Rêgo Barros, de janeiro de 2019 a outubro de 2020. Todas as funções foram exercidas durante a Presidência de Jair Bolsonaro (PL)

Em 8 de agosto de 2024, foi nomeado (íntegra – PDF – 110 kB) para o gabinete de Thiago Manzoni (PL), deputado distrital e presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Na carreira militar, Flávio Peregrino se destacou comandando o 24º Batalhão de Caçadores – Batalhão Barão de Caxias, em São Luís (MA), de janeiro de 2011 a janeiro de 2013, quando deixou a função.

PRISÃO DE BRAGA NETTO

Candidato a vice-presidente na chapa com Jair Bolsonaro em 2022, o general Braga Netto foi preso preventivamente pela Polícia Federal neste sábado (14.dez). O mandado foi autorizado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Sua prisão foi mantida pelo juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, em audiência de custódia.

Braga Netto é um dos alvos da operação Contragolpe, que investiga o planejamento de uma tentativa de golpe e de homicídio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a corporação, Braga Netto foi detido por tentar atrapalhar a produção de provas. O general teria atuado para obter informações sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens Bolsonaro Mauro Cid. Também teria financiado a execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios de autoridades.

Motivos para a prisão de Braga Netto, segundo a PF:

INDICIAMENTO

Braga Netto está sendo indiciado pela polícia pelos crimes de "promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa", sob pena de 3 a 8 anos de prisão.

Além disso, é indiciado pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos de prisão) e tentativa de golpe de estado (4 a 12 anos de prisão).

É provável que a PGR (Procuradoria Geral da República) decida se denunciará Braga Netto, Bolsonaro e os outros 38 indiciados pela PF depois do recesso do Judiciário, que começa em 20 de dezembro e se estende até janeiro.

OPERAÇÃO CONTRAGOLPE

Investigações da PF que embasaram a operação Contragolpe miram uma organização criminosa responsável por planejar, segundo as apurações, um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022.

Os agentes miram os chamados "kids pretos", grupo formado por militares das Forças Especiais, e investigam um plano de execução de Lula e Alckmin.

Ainda conforme a corporação, o grupo também planejava a prisão e execução do ministro Alexandre de Moraes. Os crimes investigados, segundo a PF, configuram, em tese, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa. Ao todo, os envolvidos podem ser condenados até 28 anos de prisão.

O plano estava sendo chamado de "Punhal Verde e Amarelo" e seria executado em 15 de dezembro de 2022.

BRAGA NETTO NEGOU PARTICIPAÇÃO

Em 23 de outubro, o ex-ministro de Bolsonaro se pronunciou pela 1º vez sobre o assunto e negou que tenha participado do planejamento de tentativa de golpe de Estado e assassinatos.

Em suas redes sociais, o também ex-ministro da Casa Civil disse que "nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém".

"Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de 'golpe dentro do golpe'. Haja criatividade…", escreveu Braga Netto.

Assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto também foi declarado inelegível até 2030 por abuso de poder político, uso indevido dos meios de comunicação e conduta vedada a autoridades nas eleições presidenciais de 2022.

Em nota (íntegra – PDF – 80 kB) publicada neste sábado (14.dez), a defesa de Braga Netto disse que provará que o ex-ministro da Defesa não tentou obstruir as investigação da PF.

"A Defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto tomou conhecimento parcial, na manhã de hoje (14/12/2024), da Pet. 13.299-STF. Registra-se que a Defesa se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida. Entretanto, com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações", diz o comunicado.


Leia mais:

PODER 360

Poder Justiça Alexandre De Moraes Bolsonaristas Bolsonaro Braga Netto Eleições Eleições 2022 Exército Filipe Martins Flávio Botelho Peregrino General Braga Netto Geraldo Alckmin Golpe Golpe De Estado Hamilton Mourão Jair Bolsonaro Luiz Inácio Lula Da Silva Lula Mauro Cid Operação Contragolpe PF Polí

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!