Tarcísio defender uso de câmeras em PMs: "Estava completamente errado"
O governador Tarcísio de Freitas assumiu que errou no passado ao ser contrário às câmeras corporais, que gravam a abordagem da Polícia Militar.
O governador Tarcísio de Freitas assumiu que errou no passado ao ser contrário às câmeras corporais, que gravam a abordagem da Polícia Militar. Ele admitiu falhas na corporação e anunciou medidas para ampliar o treinamento dos agentes, após recentes episódios de violência policial em São Paulo.
"Estou absolutamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial", disse o governador de SP, em evento, na zona leste da capital, nesta quinta-feira (05.12).
O governador prometeu reformular e ampliar o treinamento dos agentes para enfatizar que casos de brutalidade não serão tolerados. Tarcísio disse ainda que não fará nenhuma mudança no comando da secretaria de segurança pública ou da Polícia Militar do estado.
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Nos últimos dias, outros episódios de violência da PM paulista também vieram a tona, como o policial de folga que matou com 11 tiros pelas costas um jovem que fugia após furtar sabão em um mercado. O Ministério Publicou denunciou o PM e pediu a prisão preventiva dele.
Tarcísio admitiu que a sequência de abusos da PM mostram que há algo de errado na corporação. O governador defendeu comprar novas câmeras corporais. Mas não deu prazo. "Para combater de forma firme o crime, não pode ser confundido com salvo-conduto, para fazer qualquer coisa, para descumprir regra. Isso a gente não vai tolerar. Então tem uma hora que a gente tem que chamar a corporação, peraí, o que está acontecendo? Vamos redesenhar isso aqui. Quando a gente começa a ver reiterados descumprimentos desses procedimentos, a gente vê que há, de fato, transgressão disciplinar, há falta de treinamento. Então são coisas que chocam, acho que todo mundo choca, vocês chocam, a gente também. A gente fica extremamente chateado com isso, extremamente triste. Agora, o que nós temos que fazer? Olhar para frente e ver como é que a gente vai atuar para entender que essas coisas acontecem."