Morte de cinegrafista por Israel viola direito internacional, diz ONU

Investigação da UNIFIL (sigla em inglês para Força Interina das Nações Unidas no Líbano) indica que a morte do cinegrafista da Reuters Issam Abdallah, em 13 de outubro, violou o direito internacional.

Morte de cinegrafista por Israel viola direito internacional, diz ONU
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"Os disparos contra civis, neste caso contra jornalistas claramente identificáveis, constituem uma violação da Resolução 1701 (2006) do CSNU e do direito internacional", diz o relatório, referindo-se à resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). "O motivo dos ataques aos jornalistas não é conhecido", acrescenta.

A resolução 1701 foi adotada em 2006 para pôr fim à guerra entre Israel e os combatentes libaneses do Hezbollah. Forças da ONU foram destacadas para monitorar a região.

À Reuters, o porta-voz das FDI (Forças de Defesa de Israel), Nir Dinar, disse que o Hezbollah atacou militares israelenses em 13 de outubro, que revidaram. Ele declarou que as FDI "não disparam deliberadamente contra civis, incluindo jornalistas".

Segundo o porta-voz, o Exército de Israel "considera a liberdade de imprensa de extrema importância", mas "esclarece que estar numa zona de guerra é perigoso". Dinar afirmou que Israel continua investigando o incidente.