Em live nas redes depois de duas passeatas de campanha serem canceladas pelas chuvas que atingem a Grande São Paulo neste sábado (19.out.2024), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o candidato à prefeitura Guilherme Boulos (Psol) compararam o apagão às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio deste ano.
"O debate não é só achar o responsável, é importante apontar para que a população não seja enganada. Mas é também sobre quem vai apresentar a solução. E a solução é dar o mesmo apoio que você deu ao Rio Grande do Sul para quem foi atingido aqui em São Paulo", disse o psolista ao presidente.
Lula destacou que os paulistas receberão a mesma ajuda que o governo federal prestou aos gaúchos. "Nós fizemos o compromisso de ajudar o povo do Rio Grande do Sul. E eu quero reiterar que nós vamos ajudar o povo de São Paulo da mesma forma", declarou.
O chefe do Executivo citou o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e disse que 850 mil pessoas receberão o apoio da linha de crédito de R$ 150 milhões.
"Nós temos 250 mil pessoas que são pequenos comerciantes e têm direito ao Pronampe. Nós vamos criar o mesmo programa de crédito que criamos no Rio Grande do Sul. Temos 850 mil pessoas que tiveram danos dentro de suas casas", disse.
A enchente histórica que atingiu o Estado gaúcho de abril a junho deixou 183 pessoas mortas. A estimativa de casa danificadas ou destruídas é de 113 mil. Os municípios atingidos somaram 478, dos quais 358 declararam estado de emergência e 95, estado de calamidade pública.
Segundo o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Ilan Goldfajn, o impacto econômico da destruição no RS em 2024 chegou a R$ 87 bilhões.
Até o último registro da Enel na tarde deste sábado (19.out), 111 mil pessoas estão sem energia na Grande São Paulo. Ao todo, 2,1 milhões de pessoas ficaram sem luz desde 11 de outubro.
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