Rui Costa diz que Petrobras decidirá sobre distribuição de dividendos

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta 3ª feira (12.

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Na 5ª feira (7.mar), o Conselho da Petrobras aprovou a proposta de encaminhar à AGO (Assembleia Geral Ordinária), que será realizada em 25 de abril, uma distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões, ou seja, o mínimo previsto em sua política.

Outros R$ 43 bilhões serão retidos em reserva estatutária, mecanismo criado em 2023 com a aprovação de um novo estatuto da estatal. A reserva, pela regra atual, separa recursos para pagamentos de dividendos futuros, podendo ser usada também para recompra de ações, absorção de prejuízos e incorporação ao capital social.

No entanto, há um temor no mercado de que o governo Lula encaminhe uma nova mudança para permitir que essa reserva seja usada para ampliar investimentos.

Segundo apuração do Poder360, o conselho da maior empresa brasileira ficou dividido em relação à distribuição dos proventos extras aos acionistas. Orientados por Lula, conselheiros governistas defenderam a retenção dos dividendos extraordinários, enquanto os minoritários votaram a favor dos proventos.

Prates disse ter tentado costurar um meio-termo, dividindo os R$ 43 bilhões meio a meio:

  • metade seria usada para pagamento de dividendos extraordinários;
  • metade iria para a reserva.

No entanto, os conselheiros governistas, indicados pelo Ministério de Minas Energia e pela Casa Civil, foram contra.

Costa, no entanto, disse não ver motivos para o que chamou de polêmica em torno do assunto. "A Petrobras teve o 2º maior lucro da história. Dividiu o 2º maior dividendo da história. Então é para todo mundo estar comemorando. Não vejo o motivo dessa polêmica. O mercado sempre fala em previsibilidade, segurança jurídica e cumprimento das regras pré-estabelecidas. Tudo isso foi feito", disse.

Questionado sobre as divergências entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Costa tergiversou e disse que não tinha um "tensiômetro" para medir os ânimos na reunião realizada na 2ª feira (11.mar.2024) sobre o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Estava todo mundo sorridente" , disse.