Irã está mais perto de arma nuclear por causa de Trump, diz Walz
Governador de Minnesota e candidato a vice-presidente dos Estados Unidos na chapa com Kamala Harris (Partido Democrata), Tim Walz (Partido Democrata) afirmou na 3ª feira (1º.
Governador de Minnesota e candidato a vice-presidente dos Estados Unidos na chapa com Kamala Harris (Partido Democrata), Tim Walz (Partido Democrata) afirmou na 3ª feira (1º.out.2024) que o Irã está mais próximo de desenvolver armas nucleares por causa da gestão do ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano). A declaração foi dada durante um debate organizado pela CBS News entre Walz e o senador de Ohio J.D. Vance, candidato a vice do republicano.
A 1ª pergunta foi se eles apoiariam um ataque preventivo ao Irã. Nenhum dos 2 respondeu de forma objetiva. Nesta 3ª (1º.out), o país lançou 180 mísseis contra Israel em resposta à recente escalada do conflito no Oriente Médio, que se intensificou nas últimas semanas no Líbano.
O companheiro de chapa de Kamala defendeu a capacidade de Israel de se defender como “absolutamente fundamental”.
Walz, que é judeu, relembrou o ataque do grupo extremista Hamas contra Tel Aviv, em 7 de outubro de 2023. “Vamos nos manter firmes e haverá consequências”, afirmou.
ACORDO NUCLEAR
Em 2015, o Irã assinou em conjunto com Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha o JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global, na sigla em inglês). O acordo tinha como objetivo limitar o programa nuclear iraniano em troca da flexibilização de sanções econômicas impostas pelos outros países.
A celebração do plano foi vista como um marco na diplomacia internacional. No entanto, em 2018, o então presidente Trump decidiu retirar o país do acordo e reimpor sanções severas ao Irã. A decisão provocou uma escalada de tensões no Oriente Médio e desestabilizou a relação entre os Estados Unidos e o Irã.
O atual chefe do Executivo norte-americano, Joe Biden (Partido Democrata), tentou retomar o acordo depois que assumiu o governo, mas a negociação entre os países pouco avançou. Teerã exige a retirada de todas as sanções para voltar ao acordo.
Leia abaixo outros destaques do debate entre Walz e Vance:
- aborto: Walz disse que o direito ao aborto é “direito humano básico”. Vance seguiu o pensamento de Trump e reforçou ser uma questão que deve ser decidida pelos Estados, e não pela federação. “Por mais que a democracia seja confusa às vezes, é necessário as populações [dos Estados] decidam isso”, disse;
- migração: Vance acusou a administração democrata de permitir que os Estados Unidos supostamente batessem o recorde de imigrações ilegais no país e de “destruir os sonhos dos norte-americanos”. O governador de Minnesota rebateu afirmando que os republicanos “continuam culpando os imigrantes por qualquer coisa”;
- microfones mutados: o senador de Ohio e o governador de Minnesota foram silenciados depois de as mediadores contradizerem a fala de J.D Vance e serem rebatidas pelo republicano. No momento, o debate se tornou mais acalorado e a CBS News usou de seu direito de silenciar o microfone dos candidatos;
- economia: o republicano destacou o plano econômico de Donald Trump como solução para o aumento do custo de vida nos Estados Unidos. O democrata, por sua vez, criticou a “guerra comercial” iniciada pelo ex-presidente norte-americano. Ambos destacaram a importância de reduzir o custo de moradia e impostos;
- democracia: Vance desviou da pergunta sobre a democracia e priorizou críticas às big techs que, segundo ele, tenta silenciar os norte-americanos. Destacou a importância da liberdade de expressão e citou por vezes a 1ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, usada para defender esse direito no país. Walz acusou Trump de não ser comprometido com a democracia norte-americana e relembrou a transição de poder conturbada em 2021, quando republicanos invadiram o Capitólio em protesto à posse de Biden.