Netanyahu: "Irã Cometeu Grande Erro e Pagará por Ataque com Mísseis"

O primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, afirmou nesta terça-feira, após um ataque com mais de cem mísseis vindos do Irã, que a república islâmica "cometeu um grande erro esta noite e pagará por isso".

Foto: Gazeta Brasil

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O primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, afirmou nesta terça-feira, após um ataque com mais de cem mísseis vindos do Irã, que a república islâmica "cometeu um grande erro esta noite e pagará por isso".

A declaração de Netanyahu, no início de uma reunião do governo, foi a primeira desde que o Irã lançou cerca de 180 mísseis contra o país, forçando milhões de pessoas a buscar abrigo.

"O regime do Irã não compreende nossa determinação de nos defendermos e nossa disposição de retaliar nossos inimigos", afirmou o líder israelense em um comunicado.

"Mantemos a regra que estabelecemos: quem nos atacar, nós o atacaremos", reiterou Netanyahu.

Além disso, o mandatário israelense classificou o ataque de Teerã como um "fracasso", lembrando que "foi frustrado graças ao sistema de defesa aérea de Israel", que conseguiu interceptar a maioria dos mísseis, sem deixar vítimas.

A Guarda Revolucionária iraniana, por sua vez, afirmou que atacou alvos militares durante o bombardeio com mísseis contra Israel e que 90% dos projéteis atingiram seus alvos.

"Estamos lutando contra o eixo do mal em todos os lugares, incluindo nossos heroicos soldados que agora operam no sul do Líbano e em Gaza", advertiu Netanyahu, referindo-se à incursão terrestre lançada nesta terça-feira na região sul do Líbano.

O mesmo tom ameaçador foi adotado pelo porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, que também disse que esse ataque "terá consequências" e que o Exército tem planos para agir "no momento e no lugar" que escolherem.

Este foi o segundo ataque do Irã contra Israel desde que, em abril, o país atacou pela primeira vez o território israelense em uma série de bombardeios com mísseis e drones.

Por sua parte, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira que há um "diálogo ativo" com Israel sobre como responder ao ataque do Irã e que as consequências para Teerã por essa escalada "ainda estão por vir".

Em declarações à imprensa na Casa Branca, Biden mencionou que planeja conversar com Netanyahu, embora não tenha esclarecido quando, e explicou que sua equipe tem mantido contato "constante" com seus homólogos israelenses.

"Não falei com ele (Netanyahu). Temos conversado com toda a equipe dele e vou falar com ele", afirmou Biden, que passou boa parte do dia na chamada ‘Situation Room’ (sala de crise) da Casa Branca monitorando a situação.

Uma jornalista perguntou quais deveriam ser as consequências para o Irã, e o mandatário se limitou a dizer: "Isso (as consequências) ainda está por ver".

Biden afirmou que a resposta ao ataque, que até agora não deixou vítimas israelenses, é um "testemunho" das capacidades militares de Israel e da "intensa preparação" entre os governos dos Estados Unidos e de Israel para enfrentar a situação.

"Sob minha direção, o Exército dos Estados Unidos apoiou ativamente a defesa de Israel, e ainda estamos avaliando o impacto. Mas, segundo o que sabemos agora, o ataque parece ter sido frustrado e ineficaz", declarou.

Os Estados Unidos ajudaram a derrubar alguns dos mísseis que o Irã lançou contra Israel, chegando a usar seus destróieres USS Bulkeley e USS Cole no Mediterrâneo oriental.

"Que não haja dúvida, os Estados Unidos apoiam total, total, totalmente Israel", disse Biden com veemência.

Este é o primeiro ataque do Irã contra Israel desde abril, quando o país atacou com mísseis e drones duas bases aéreas israelenses no Negev e atingiu pontos do território ocupado das Colinas de Golã, embora Israel, os Estados Unidos e países árabes por onde sobrevoaram tenham conseguido interceptar a maioria dos projéteis iranianos.

A ofensiva desta terça-feira ocorreu em meio ao aumento da tensão na região, após o Exército israelense realizar incursões terrestres de madrugada que classifica como limitadas e localizadas contra alvos e infraestruturas terroristas do Hizbulá no sul do Líbano.

(Com informações da EFE)