Número de Psicólogos nas Escolas Públicas do Distrito Federal Está Abaixo da Média Recomendada, Indica Estudo Oficial

Escolas públicas do Distrito Federal contam atualmente com 151 psicólogos para atender a uma população estudantil de 490 mil alunos, resultando em uma média de 1 profissional para cada 3.

Número de Psicólogos nas Escolas Públicas do Distrito Federal Está Abaixo da Média Recomendada, Indica Estudo Oficial

Escolas públicas do Distrito Federal contam atualmente com 151 psicólogos para atender a uma população estudantil de 490 mil alunos, resultando em uma média de 1 profissional para cada 3.245 estudantes, conforme informações fornecidas pela Secretaria de Educação. A escassez de psicólogos nas instituições de ensino é atribuída à falta de contratação e à falta de estímulo.

De acordo com a psicóloga Iara Kézia Araújo, as adversidades enfrentadas pelos alunos, tanto no ambiente acadêmico quanto fora dele, têm impacto mútuo em suas vidas. A ausência de profissionais nas escolas pode evidenciar questões que podem se manifestar no futuro. Iara destaca a importância de profissionais capacitados para lidar com demandas específicas da psicologia, como identificar e encaminhar alunos com dificuldades de aprendizagem, informar e orientar outros profissionais, pais e alunos sobre saúde mental, e compreender cada aluno como único.

O papel do psicólogo também inclui auxiliar os alunos na prevenção de problemas graves, como violação de direitos e violência no ambiente escolar. Segundo Iara, o profissional tem a capacidade de trabalhar tanto com vítimas quanto com agressores, acompanhando alunos, famílias e coletando informações sobre o desempenho dos estudantes para identificar situações de risco.

Ao final do ano letivo de 2023, a rede de ensino do Distrito Federal contava com 104 psicólogos, e o Tribunal de Contas do Distrito Federal havia solicitado a contratação de mais profissionais pela Secretaria de Educação. A possível explicação para o déficit reside na falta de iniciativa do governo em contratar e no reduzido interesse de profissionais da área em se especializarem para trabalhar com crianças e adolescentes no ambiente escolar. A psicóloga destaca que alguns profissionais se sentem desmotivados devido às dificuldades cotidianas e à remuneração baixa nesse contexto.