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Em um ano, SUS tem quase 3 milhões de ligações em canal de prevenção ao suicídio

Entre março de 2023 e março de 2024,o Centro de Valorização da Vida (CVV), instituição é conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e principal canal oficial para apoio emocional e prevenção ao suicídio, recebeu 2.


Entre março de 2023 e março de 2024,o Centro de Valorização da Vida (CVV), instituição é conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e principal canal oficial para apoio emocional e prevenção ao suicídio, recebeu 2.887.709 ligações. Os dados são reforçados pela Organização Mundial de Saúde, que estima um suicídio a cada 40 segundos no mundo.

Os dados mais recentes do CVV mostram que no primeiro trimestre de 2024, entre janeiro e março, foram atendidas 642.417 ligações pelo CVV. O número representa queda de 10,4% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram atendidas 717.336 ligações.

Em 2023, os meses com mais ocorrências foi junho e agosto quando 236.283 e 236.285 ligações foram feitas via telefone 188. Entre abril/23 e abril/24, o menor número foi registrado em abril de 2023, com 201.668 ligações.

Se os números forem avaliados de perto, em um ano, o Brasil atendeu em média, mais de 240 mil pessoas por mês ou quase 8 mil por dia. Os números indicam que, por minuto, mais de 5 pessoas buscam apoio na rede pública por conta do desejo suicida.

O CVV atende em outros canais, além de ligações telefônicas. São mais de 3.500 voluntários em 97 postos de atendimentos, distribuídos por 20 estados. Os dados da entidade mostram que, em 2023, foram mais 30 mil ações além dos atendimentos. Entre ligações e apoios emocionais foram 2,9 milhões de atendimentos.

Incentivo ao suicídio é crime

Nesta terça-feira (10), Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a CNN conversou com Jenifer Moraes, professora em direito Penal, que analisou como o assunto afeta milhares de famílias anualmente no Brasil, e como a lei desempenha um papel crucial na proteção de vidas.

O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 122, tipifica como crime induzir, instigar ou auxiliar alguém a cometer suicídio, com pena que pode chegar a até 6 anos de reclusão, dependendo das circunstâncias do caso.

Para professora de direito, a lei visa coibir a participação ativa de terceiros na realização do suicídio, protegendo, principalmente, pessoas vulneráveis.

"Após a atuação legislativa ocorrida em 2019 (…) o dispositivo atual inseriu no mesmo dispositivo a indução, a instigação e o auxílio à automutilação do maior e capaz, bem como retirou a expressa necessidade da tentativa de suicídio para a punição do ato", afirma Jenifer Moraes.

Bullying preocupa profissionais da educação

Para especialista em direito e gestão educacional, Ana Claudia Ferreira Julio, a relação entre bullying e suicídio é estreita. Alunos que sofrem agressões (físicas, emocionais ou virtuais) podem desenvolver sentimentos de desespero, ansiedade e depressão, fatores estes que, em casos extremos, levam a pensamentos de tirar a própria vida.

A profissional destaca sete práticas fundamentais, que podem ser implementadas nas escolas para auxiliar na prevenção do bullying entre os alunos:

CNN BRASIL

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