Polícia faz operação contra quadrilha que deu golpe em ao menos 23 juízes
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (05) uma operação contra uma quadrilha especializada em fraudes relacionadas ao aluguel de imóveis de luxo em Brasília.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (05) uma operação contra uma quadrilha especializada em fraudes relacionadas ao aluguel de imóveis de luxo em Brasília. As principais vítimas dos golpes são juízes recém-empossados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com um prejuízo estimado em R$ 135 mil.
A investigação, conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia, responsável pela área central da capital, identificou 23 magistrados que foram enganados por promessas de negócios imobiliários falsos. As apurações tiveram início no mês passado, após o registro de diversas ocorrências pelos juízes, muitos dos quais se mudaram para Brasília em agosto após a posse.
Os principais alvos da operação, denominada “Delusio”, são dois homens de 25 e 26 anos. Os investigados se apresentavam como corretores de imóveis e utilizavam um CNPJ válido para aparentar legitimidade.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dois locais do Distrito Federal: Gama e Lago Sul. Além disso, foi solicitado o bloqueio de R$ 266 mil dos investigados para assegurar o ressarcimento das vítimas.
O nome da operação, “Delusio”, faz referência à ilusão e ao engano promovidos pelos criminosos.
Confira o passo a passo do golpe:
O primeiro golpista abordava as vítimas oferecendo imóveis de alto padrão em um condomínio de luxo às margens do Lago Paranoá, em Brasília. Ele apresentava contratos de locação para estadas temporárias, com valores variando entre R$ 4,7 mil e R$ 5,5 mil, solicitando documentos pessoais para a elaboração dos contratos e recebendo os pagamentos antecipadamente.
Após a assinatura dos contratos pelas primeiras vítimas, o golpista ampliou a fraude recomendando seu serviço a outros juízes recém-empossados por meio de grupos de WhatsApp.
Quando as vítimas chegavam ao condomínio, descobriam que os imóveis já estavam ocupados ou nunca estiveram disponíveis para locação.
Ao ser confrontado, o golpista alegou ter sido vítima de um estelionato e prometeu cancelar os contratos e reembolsar os valores pagos, mas nunca cumpriu com o prometido. Após isso, ele cortou todo o contato com as vítimas, e a investigação foi iniciada.