Trump aceita nomeação republicana detalhando tentativa de assassinato
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump aceitou formalmente a nomeação presidencial do Partido Republicano nesta 5ª feira (18.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump aceitou formalmente a nomeação presidencial do Partido Republicano nesta 5ª feira (18.jul.2024). Encerrando o último dia da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee (Wisconsin), Trump detalhou a tentativa de assassinato contra ele em um comício na Pensilvânia no sábado (13.jul). Citou o nome de Joe Biden (Democrata) apenas uma vez.
Com um curativo visível na orelha, que tem sido um acessório constante em suas aparições públicas desde o atentado, Trump disse que o tiro passou muito perto de sua cabeça. “Muitas pessoas me perguntaram o que aconteceu, e por isso vou contar a história. Vocês nunca ouvirão isso de mim uma 2ª vez, porque é muito doloroso”, afirmou.
Relembrando o evento no sábado (13.jul), disse ter ouvido um zumbido e sentido algo atingir sua orelha. “Eu pensei comigo mesmo, ‘Uau, o que foi isso? Só pode ser uma bala'”. Durante o discurso, Trump beijou o capacete de Corey Comperatore, o bombeiro voluntário morto no comício em Butler.
Pedindo unidade nacional, Trump afirmou que sua candidatura visa representar todos os norte-americanos, não apenas uma parte deles. Em resposta à acusação dos democratas de que ele seria uma ameaça à democracia, Trump argumentou que é ele quem está protegendo o país. Ressaltou a necessidade de “não demonizar as discordâncias políticas”.
Em sua fala, que durou mais de uma hora, Trump retratou os Estados Unidos como um país em decadência, que só poderia ser “salvo” com seu retorno à Casa Branca. Sem mencionar diretamente Biden, contrastou a liderança atual com a sua própria, que ele descreveu como um período de prosperidade. “Nós tivemos a melhor economia da história do mundo. Não tínhamos inflação”, afirmou.
Além disso, Trump reiterou suas críticas às políticas de imigração da administração Biden, prometendo fechar a fronteira com o México se for reeleito, a fim de conter o que chamou de “invasão de imigrantes ilegais”.
Ele também voltou a afirmar, sem provas, que os imigrantes que entram ilegalmente no país vêm de prisões e instituições psiquiátricas e que ocupam empregos que deveriam ser destinados aos norte-americanos. Prometeu realizar a “maior deportação da história”.
“Estou humildemente pedindo pelo seu voto”, disse. “Vamos fazer a América grande novamente, eu prometo”, continuou.