Exército israelense anuncia prisão de 250 terroristas em ação na Faixa de Gaza

O Exército israelense afirmou nesta quarta-feira ter capturado cerca de 250 supostos terroristas, tanto do Hamas quanto da Jihad Islâmica Palestina, em uma operação realizada em uma área residencial de Jan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

Exército israelense anuncia prisão de 250 terroristas em ação na Faixa de Gaza

O Exército israelense afirmou nesta quarta-feira ter capturado cerca de 250 supostos terroristas, tanto do Hamas quanto da Jihad Islâmica Palestina, em uma operação realizada em uma área residencial de Jan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

“Os soldados detiveram muitos terroristas que se renderam, incluindo um comandante de uma célula de atiradores de elite do Hamas e dois comandantes de um esquadrão”, diz um comunicado militar, que explica que foi uma operação coletiva.

Nela, participaram as unidades Maglan e Egoz, além de forças da Marinha e agentes do Shin Bet (serviço de inteligência interna), que vasculharam prédio após prédio em Hamad, onde foram feitas as prisões.

Alguns dos capturados, segundo as forças militares, fazem parte da força de elite Nukhba do Hamas e participaram do ataque de 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas em solo israelense e cerca de 250 foram sequestradas.

Em ataques aéreos, o Exército israelense e o Shin Bet também confirmaram hoje a morte de Amar Atiya Darwish Aladini, responsável pela unidade encarregada de disparar foguetes do centro da Faixa, pelo menos desde a guerra de 2008, segundo comunicado conjunto.

“Aladini desempenhou um papel central nos preparativos para o massacre de 7 de outubro. Durante a guerra, ele liderou lançamentos de foguetes em áreas civis israelenses, incluindo Tel Aviv e comunidades do sul de Israel”, detalha o texto.

O Exército de Israel abateu dezenas de terroristas do Hamas durante as últimas horas da forte ofensiva que vem mantendo há 152 dias quase consecutivos de guerra na Faixa de Gaza.

Enquanto a ofensiva bélica israelense continua por terra, mar e ar, dezenas de milhares de civis tentam sobreviver a cada dia.

Os quase dois milhões de deslocados – quase toda a população de Gaza – continuam enfrentando uma crise humanitária sem precedentes, com destruição generalizada de moradias, colapso de hospitais, surtos de epidemias e escassez de água potável e alimentos, o que já resultou na morte de pelo menos 18 menores por desnutrição.

Após cinco meses de guerra, mais de 30.700 pessoas já morreram, além de cerca de 72.150 feridos, sendo 70% deles crianças e mulheres, segundo os últimos números do Ministério da Saúde. Outros 7.000 corpos ainda estão sob os escombros.

Destroem o túnel mais longo em Gaza

Na terça-feira, o Exército de Israel informou a destruição do túnel mais longo já descoberto na Faixa de Gaza, encontrado em 16 de dezembro passado, com cerca de quatro quilômetros de extensão e três de largura.

“Nas últimas semanas, as forças investigaram e desmantelaram o túnel, localizando e destruindo toda a sua infraestrutura”, informou hoje um comunicado militar.

O túnel se estendia do campo de refugiados de Yabalia, no norte da Faixa, até cerca de 400 metros do cruzamento de Erez, sem chegar a território israelense.

Em 16 de dezembro, quando foi descoberto, tropas israelenses encontraram veículos em seu interior, bem como um vasto arsenal pronto para uso, incluindo lançadores de foguetes antitanque RPG e fuzis de assalto AK-47.

Localizado a cerca de 50 metros de profundidade, o túnel foi destruído em um esforço colaborativo entre várias unidades de engenharia, incluindo a unidade Yalam, o quartel-general de engenheiros do braço terrestre e a divisão de engenharia e construção do Ministério da Defesa.

Segundo o Exército, sua construção teria sido planejada por Mohammad Sinwar, irmão do líder do grupo terrorista Hamas Yahya Sinwar, cujo paradeiro é desconhecido apesar de quase cinco meses de guerra e da destruição de mais da metade dos prédios da Faixa.

(Com informações da EFE)