Professores de ensino básico e servidores de institutos federais aceitam proposta do governo e encerram greve

Professores de ensino básico e técnico anunciaram neste domingo (23) o fim da greve iniciada há mais de dois meses nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs).

Professores de ensino básico e servidores de institutos federais aceitam proposta do governo e encerram greve

Professores de ensino básico e técnico anunciaram neste domingo (23) o fim da greve iniciada há mais de dois meses nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). Os técnicos-administrativos que integram os institutos e unidades de ensino básico, técnico e tecnológico também aceitaram encerrar a paralisação. A decisão foi tomada em assembleia pelo Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica). A classe aceitou a proposta do governo Lula de reajuste salarial, que será feita somente a partir de 2025. Agora, os sindicalistas devem assinar um acordo com o governo para oficializar o fim da paralisação. Já os docentes das universidades em paralisação ainda não deliberaram a continuidade da greve, que começou em 15 de abril, e analisam as propostas. Eles pediam por reajuste salarial e recomposição do orçamento dos centros de ensino. Representados pelo Andes e pelo Sinasefe, os servidores reivindicam aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025, e 5,16% em maio 2026. Brasília oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Em 22 de maio, o governo assinou um acordo com o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico), visando encerrar a greve, mas na quarta-feira (29) a Justiça Federal anulou o acordo, após ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, um braço do Andes. O juiz argumentou que um acordo da gestão Lula com apenas uma entidade pode prejudicar os “direitos pleiteados pelo movimento paredista dos docentes que não são representados pela referida entidade”. A ação é contestada judicialmente pelo Proifes.

Tentando acalmar os ânimos, o governo lançou um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na segunda-feira (10) para as universidades federais e para os hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos. Os valores, porém, já eram previstos no orçamento deste ano e foram somente adiantados. O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo de recursos para o custeio das instituições federais, em um total de R$ 400 milhões. Desse total, R$ 279,2 milhões serão para as universidades e outros R$ 120,7 milhões para os institutos federais.

Publicado por Carolina Ferreira

*Reportagem produzida com auxílio de IA